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Investigadores da Universidade de Coimbra apoiam combate à pandemia através da testagem de fármacos

Notícias de Coimbra | 3 anos atrás em 12-03-2021

Investigadores do Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC) da Universidade de Coimbra juntaram-se à luta contra a covid-19 e já conseguiram testar cerca de 700 fármacos de “uma biblioteca de 2000 ” contra a doença covid-19 sublinhou o presidente do Centro, Luis Pereira de Almeida, ao Notícias de Coimbra.

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O presidente do CNC explicou que este processo de testagem recorre a vetores virais, que são vírus modificados, para que não sejam perigosos e ainda para transportarem/codificarem genes nos quais os investigadores tenham interesse.

O Centro que já trabalhava “desde há muitos anos com vetores virais”, sentiu-se impelido, pela ugência da crise sanitária que a covid-19 criou, a utilizar essa mesma técnica no combate à pandemia.

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“No decurso desta pandemia nós vimos aqui que realmente poderíamos contribuir de alguma forma graças à utilização destes vetores virais que são utilizados quer em investigação quer em terapia. No caso o que fizemos foi pegar num vetor viral derivado do HIV, mas que é um vetor que não tem perigorisidade e fomos colocar à sua superfície a proteína da espícula do covid-19 e isso permite-nos produzir partículas virais que são seguras, que podemos utilizar na testagem, no screening dos fármacos e temos estado a fazer isso mesmo. Essas partículas também podem ser usadas para vacinação”, sublinhou o presidente do CNC.

A eficácia dos fármacos é compreendida pelo recurso ao luminómetro um aparelho que permite à equipa avaliar a eficácia dos fármacos através dos níveis de luz que as células “infetadas” em contacto com os fármacos emitem “Quanto mais luz for produzida mais infeção ocorreu, quanto menos luz for produzida mais o fármaco foi eficaz em impedir a infeção”, explicou Luis Pereira de Almeida.

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Este estudo veio na sequência de um concurso científico na área e iniciou-se no princípio de Setembro, com a “preparação das metodologias a aplicar”, mas como informou o presidente do CNC  só ” mais recentemente, no final do ano, começámos as experiências propriamente ditas”.

A testagem está a ser levada a cabo pelo Centro de Neurociências e Biologia Celular, mas conta com a colaboração de outros centros de investigação, característica que o presidente considera importante para uma maior abrangência deste projeto “Ao utilizar-se metodologias diferentes e também bibliotecas diferentes acaba por se chegar a resultados diferentes e é importante que haja um certo número de investigadores, de diferentes sítios, a trabalhar neste mesmo tipo de abordagem”.

“Temos já um conjunto de fármacos com características promissoras em termos, por um lado, fármacos que conseguem evitar a infeção das células e por outro lado também identificámos um certo número de fármacos que potenciam a infeção e que portanto nos fazem pensar que são fármacos que deverão ser evitados na terapia dos doentes com covid-19”

O presidente do CNC garante que “os resultados têm sido interessantes”, mas que ainda não podem ser divulgados, porque precisam de “passar por vários passos de validação”, ou seja, por mais testes para garantir a fiabilidade dos mesmos, avançou Luis Pereira de Almeida ao Notícias de Coimbra.

Veja o vídeo do direto NDC 

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