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Investigadores criam mapa global da biodiversidade

Notícias de Coimbra | 4 anos atrás em 05-02-2020

Uma equipa de investigadores criou o primeiro mapa global e abrangente da biodiversidade, documentando a distribuição da vida na terra e nos mares, foi hoje divulgado.

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O trabalho, publicado na revista científica PLOS ONE por uma equipa internacional de investigadores coordenada por cientistas do Monterrey Bay Aquarium, na Califórnia, Estados Unidos, é apresentado como produzindo a mais completa imagem disponível de onde acontece a vida na Terra e sobre quais os fatores ambientais mais críticos para determinar que ela surja em lugares específicos. E ainda deixa previsões de adaptação às alterações climáticas que estão a perturbar os ecossistemas.

“Os mapas normalmente mostram-nos onde estamos, mas este estudo também nos mostra para onde vamos”, disse Kyle Van Houtan, um dos autores do projeto e cientista-chefe do aquário de Monterrey.

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“Antes, os mapas sobre a biodiversidade ou mostravam a terra ou o mar, com a área excluída a cinzento. Reunimos esses dois reinos, e esses dois domínios científicos, para mostrar que todos os animais são partes essenciais de um todo complexo”.

Determinar onde as espécies são mais abundantes, além de traçar os padrões dos seus movimentos, é um dos pilares da ecologia. Durante muito tempo os estudos concentraram-se no essencial na parte terrestre, por ser mais acessível e com custos mais baixos.

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Clinton Jenkins, do Instituto de Pesquisa Ecológica de São Paulo, no Brasil, reconheceu essa preferência pela parte terrestre mas salientou que “grande parte da diversidade do mundo é aquática”.

“O nosso objetivo é entender melhor a vida na Terra como um todo, não só as partes com as quais estamos mais familiarizados”, acrescentou.

Através do estudo, os cientistas conseguiram um melhor e mais rigoroso entendimento sobre onde vivem as espécies na terra e no mar, para onde poderão acabar por se mover, e qual a melhor forma de os proteger num mundo em mudança.

A investigação, dizem os autores, ajuda a identificar os fatores ambientais que têm um papel determinante para a vida prosperar ou regredir, a identificar condições ambientais e a perceber que a biodiversidade ajuda a preservar as espécies dentro dos ecossistemas que estão a mover-se devido às alterações climáticas.

A equipa de investigação, que reuniu organizações não governamentais, universidades e cientistas de entidades públicas dos Estados Unidos, Canadá e Brasil, começou por compilar dados sobre mais de 67.000 espécies marinhas e terrestres.

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