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Investigador considera incompreensível que municípios não tenham Planos de Defesa contra incêndios

Notícias de Coimbra | 6 anos atrás em 07-12-2017

O investigador Xavier Viegas considerou hoje incompreensível que existam municípios sem Planos Municipais de Defesa da Floresta Contra Incêndios aprovados e defendeu a responsabilização dos autarcas.

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“Não é compreensível que existam autarquias que não respeitam a lei e não fazem o seu trabalho”, sublinhou o diretor do Centro Estudos de Incêndios Florestais da Universidade de Coimbra, a propósito de um parecer jurídico, citado hoje na comunicação social, que desresponsabiliza a Ascendi e a EDP nos incêndios de Pedrógão Grande.

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No seminário “As lições de Pedrógão Grande”, que decorre hoje em Coimbra, promovido pelo Centro de Estudos sobre Incêndios Florestais, Xavier Viegas disse que “um plano pode ter o valor que tem, mas pelo menos representa que alguém se dedicou a pensar no problema e a colocar algumas linhas para ver como esse problema se pode minimizar ou resolver”.

“Não havendo esse plano, obviamente muita coisa falha e, neste caso, perante a lei”, disse o investigador, que defende alterações na legislação para se ultrapassar situações como a das limpezas junto das rodovias e das linhas elétricas.

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O diretor do Centro de Estudos sobre Incêndios Florestais considera que “não faz sentido que tenha de figurar no plano a obrigatoriedade de limpar estruturas como linhas elétricas e redes viárias, porque elas estão lá e não saem de um ano para outro”.

Em declarações aos jornalistas, Xavier Viegas frisou que as condições climáticas como as que se verificaram nos incêndios de 17 de junho e 15 de outubro tendem a repetir-se cada vez com mais frequência.

“Neste momento, o nosso país ainda não está preparado. Se hoje ou amanhã tivermos as mesmas circunstâncias que tivemos em junho e outubro, que foram circunstâncias excecionais, tenho receio de que continuemos a ter muitas casas não devidamente salvaguardadas, muitas aldeias não devidamente preparadas e muitas comunidades que não estão ainda defendidas para eventos destes”, sublinhou.

Para o investigador, “é necessário que o país aprenda, porque não se pode aceitar que as consequências sejam as mesmas” daqueles dois incêndios, que causaram mais de 110 mortes.

O seminário “As Lições de Pedrógão Grande” pretende analisar os acontecimentos relacionados com os incêndios de Pedrógão Grande e concelhos limítrofes, e discutir o relatório técnico elaborado pela equipa liderada pelo investigador Xavier Viegas.

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