Economia

Investidores em Portugal vão apostar em construir para arrendar

Notícias de Coimbra | 4 anos atrás em 20-10-2020

A consultora JLL estima que construir para arrendar vai tornar-se “a grande aposta” dos investidores em Portugal, e que nos próximos cinco anos deverão chegar ao mercado cerca de 3.000 casas para arrendamento habitacional.

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De acordo com a consultora, o segmento ‘multifamily’ vai emergir como “a grande aposta” dos investidores em Portugal nestes próximos anos, sendo esta potenciada pelo facto de o mercado de arrendamento português estar desajustado das necessidades das famílias, nomeadamente em termos de áreas, localização e preços, além de não dar resposta à procura.

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No estudo “’Multifamily’ Portugal: Um mercado em crescimento”, a JLL salienta que a atenção dos investidores está sobretudo centrada em Lisboa e no Porto e nas respetivas áreas Metropolitanas, mas há outros destinos a serem considerados, nomeadamente na margem sul do Tejo, como Almada, Barreiro, Seixal, Montijo e Alcochete, e Loures, a norte.

“A maioria dos portugueses não consegue suportar os custos associados À compra de uma casa no centro [de Lisboa], o que está, naturalmente, a encaminhar a procura para outras zonas da cidade e para os arredores”, refere o estudo, sendo estas zonas para as quais os investidores no segmento imobiliário ‘multifamily’ estão também a olhar.

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Ao longo do primeiro semestre de 2020, o investimento imobiliário neste segmento rondou os 31 mil milhões de euros a nível europeu e a expectativa é que continue a crescer. Em Portugal este segmento é ainda residual, ao contrário de em outros países europeus.

No estudo, a JLL acentua o facto o mercado habitacional não estar adequado à capacidade financeiras das famílias de rendimentos médios ou mais baixos “que simplesmente não têm como responder aos preços praticados”.

Do lado do arrendamento, à falta de oferta e à sua influência nos preços, junta-se o facto de as gerações mais jovens já não quererem “ter uma casa”, preferindo antes “usar uma casa”.

Entre os potenciais interessados em arrendar estão os mais jovens, às famílias de rendimentos baixos e médios e os jovens que não conseguem suportar os custos da compra de uma casa, os estudantes estrangeiros e trabalhadores de empresas estrangeiras ou mesmo aos mais velhos que não querem assumir compromissos a longo prazo.

Neste contexto, “urge criar novas habitações dirigidas para arrendamento, que proporcionem um produto mais adequado aos diferentes segmentos de procura em termos de preços, localização e tipologias, refere o estudo.

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