“Se houver margens orçamentais, que se dê prioridade à floresta”

Notícias de Coimbra | 7 anos atrás em 17-10-2017

O Presidente da República defendeu hoje que, se houver margens orçamentais, deve ser dada “prioridade à floresta e à prevenção dos fogos, considerando que esta “é a última oportunidade” para se agir nesta matéria.

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Marcelo Rebelo de Sousa falava numa declaração ao país, feita a partir da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital, no distrito de Coimbra, sobre os incêndios que deflagraram no domingo.

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Além desta recomendação, em vésperas do início do debate parlamentar sobre o Orçamento do Estado para 2018, o chefe de Estado apelou a “uma convergência alargada” neste domínio, e voltou a exigir que o Governo “retire todas, mas todas, as consequências” destes incêndios e dos de junho.

“Esta é a última oportunidade para levarmos a sério a floresta e a convertermos em prioridade nacional – com meios para tanto, se não, será uma frustração nacional. Se houver margens orçamentais, que se dê prioridade à floresta e à prevenção dos fogos”, afirmou.

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No seu entender, “pode e deve haver uma convergência alargada, porque os governos passam, e é crucial que a prioridade permaneça”.

Quanto à ação do Governo, que no sábado se reunirá em Conselho de Ministros extraordinário para tomar decisões relativas ao sistema de prevenção e combate aos incêndios, o chefe de Estado pediu ao executivo que dê especial atenção às populações com menor poder reivindicativo.

“Que nessas decisões não se esqueça daquilo que nos últimos dias confirmou ou ampliou as lições de junho, e olhe para estas gentes, para o seu sofrimento, com maior atenção ainda do que aquela que merecem os que têm os poderes de manifestação pública”, disse.

O Presidente da República referiu que esta “nova tragédia” de domingo aconteceu “três dias depois da divulgação do relatório” apresentado no parlamento por uma comissão técnica independente sobre os incêndios de junho – “e, por isso, antes de ações possíveis por ele recomendadas”.

Por outro lado, salientou “a crescente denúncia de autarcas relativamente à criminalidade impune porventura existente na base dos fogos”.

Contudo, reiterou que espera do Governo “que retire todas, mas todas as consequências da tragédia de Pedrógão, à luz das conclusões dos relatórios”, conforme “se comprometeu” a fazer.

Os mais de 500 incêndios deflagraram no domingo, o pior dia de fogos do ano segundo as autoridades, provocaram pelo menos 41 mortos e 71 feridos, dos quais 16 em estado grave, além de terem obrigado a evacuar localidades, a realojar as populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas.

Esta é a segunda situação mais grave de incêndios com mortos este ano, depois de Pedrógão Grande, em junho, em que um fogo alastrou a outros municípios e provocou 64 mortos e mais de 250 feridos.

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