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Hoteleiros sem informação sobre eventuais alterações na taxa turística de Lisboa

Notícias de Coimbra | 6 anos atrás em 15-11-2017

O presidente da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) afirmou hoje não haver informação sobre alteração das aplicações das receitas da taxa turística de Lisboa e admitiu um aumento apenas “se houver necessidade”.

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raul martins

À margem da 29.ª edição do congresso da AHP, a decorrer em Coimbra, Raul Martins recordou o acordo feito no anterior mandato socialista em Lisboa de que é o comité do Fundo de Desenvolvimento Turístico, “onde não há partidos”, a tomar decisões sobre investimentos.

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“A Câmara de Lisboa não alterou os termos de governação e não nos convocou”, informou o mesmo responsável, enumerando alguns dos investimentos pagos pela taxa paga pelos turistas como sinalização turística, promoção de congressos, remodelação do Museu do Azulejo.

A taxa continuará a custear infraestruturas e promoção de eventos, numa aplicação sempre ligada ao setor turístico, segundo Raul Martins, que acrescentou nomeadamente a solicitação da autarquia para “reforço de equipamentos nos bairros com mais utilização turística”.

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Sobre o aumento do valor da taxa, Raul Martins  admitiu uma subida “só se houver necessidade”.

“Aumentar só por aumentar, não estamos de acordo. Tem de haver razões para isso”, defendeu o dirigente, sublinhando que “quem é de boa fé deve assegurar os compromissos”.

O acordo entre PS e Bloco de Esquerda para a Câmara Municipal de Lisboa prevê a aplicação das receitas da taxa turística em higiene urbana e transportes públicos nas zonas de pressão turística, com reavaliação do valor da taxa em 2018.

As negociações foram estabelecidas logo após os resultados das eleições autárquicas de 01 de outubro, que ditaram a vitória do socialista Fernando Medina, perdendo a maioria absoluta, e a eleição do bloquista Ricardo Robles.

Implementada a 01 de janeiro de 2016, a taxa rendeu 13,5 milhões de euros.

hotelaria

O congresso deste ano da AHP vai discutir, até sexta-feira, os efeitos dos recordes do Turismo registados em Portugal, sob o mote “Descobriram Portugal e Agora?”.

Num primeiro encontro com jornalistas a propósito do congresso, o presidente da AHP referiu que o país está longe da “saturação” de outras geografias, mas que se deve “acautelar para não chegar como Amesterdão, onde se disse: não queremos mais pessoas”.

Raul Martins afirmou que não deve haver descaracterização das cidades e que devem ser colocados limites para não tornar todas as áreas de residência em alojamentos e hotéis.

Sobre a polémica que resultou da realização do jantar do denominado ‘Founders Summit’, no âmbito da Web Summit, no Panteão Nacional, em Lisboa, o dirigente da AHP sublinhou que, no monumento, “há espaços e espaços”.

Numa posição pessoal, Raul Martins argumentou que “uma celebração festiva não faz sentido onde há túmulos” e que “não havia necessidade” de realizar o jantar naquele local.

Sobre o efeito da conferência internacional de tecnologia e empreendedorismo, realizada na semana passada em Lisboa, o responsável referiu que eventos destes fora da época alta “são muito desejáveis”.

“É bom que o Governo e a Câmara Municipal de Lisboa assegurem a continuidade. É bom para todos”, assegurou.

A Web Summit mudou-se da Irlanda para Lisboa há dois anos e irá permanecer na capital portuguesa por mais uma edição, com possibilidade de se prolongar por mais duas.

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