A Cruz Vermelha Portuguesa montou hoje um hospital de campanha no Centro de Saúde Militar de Coimbra, com o objetivo de capacitar médicos e enfermeiros voluntários a atuar em cuidados intensivos. A entidade pretende assim reforçar a sua capacidade de resposta para situações de emergência e catástrofe, nomeadamente no âmbito do controlo da pandemia.
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Gonçalo Órfão, Coordenador Nacional de Emergência, explica que o hospital de campanha instalado no Centro de Saúde Militar em Coimbra é uma unidade que pode vir a complementar outras unidades já existentes ou outros hospitais de campanha que possam vir a ser instalados em casos de necessidade. “Este hospital de campanha pode vir a ser usado em situação de covid-19, numa eventual próxima vaga, mas também em qualquer outra situação de emergência, tanto a nível nacional como internacional. As condições são as necessárias para um reforço hospitalar, numa situação de emergência”, refere.
“Durante a pandemia de covid-19 uma das grandes limitações que se verificou, mais do que equipamentos ou espaços, foi a formação de médicos e enfermeiros, por isso este foi um dos objetivos, integrar os médicos e enfermeiros que trabalham diariamente em cuidados intensivos”.
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O hospital de campanha está dividido em sala de triagem, sala de emergência, zona de cuidados intensivos, zona de internamento e zona de consultas. A Cruz Vermelha Portuguesa está ainda a viabilizar uma área de cirurgia destinada a pequenos ferimentos.
A capacidade deste hospital de campanha é de instalar até seis zonas de cuidados intensivos, ou seja, até seis doentes com suporte de apoio. E está habilitada com material como ventiladores, bombas e seringas infusoras, monitores, desfibrilhadores, ecrografos, raios-x, e todo o material necessário para dar apoio a este tipo de situação. Bem como uma sala de emergência com todo o material de reanimação, explica Gonçalo Órfão.
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Esta formação no hospital de campanha destinou-se a voluntários da Cruz Vermelha, como médicos e enfermeiros a nível nacional, com 30 voluntários em formação presencial, 2/3 enfermeiros e 1/3 médicos, e outros em formação remota, num total de 50 a 60 inscritos em formação. Gonçalo Órfão refere que alguns destes voluntários são profissionais de outras instituições o que entende que esta formação pode representar uma mais-valia para as próprias instituições de saúde.
O hospital de campanha está apenas disponível no dia de hoje, “a própria montagem do hospital também serviu para a cruz vermelha perceber o que falta, fazer uma avaliação da sua instalação, para estar em constante evolução nesta resposta”, explica o Coordenador Nacional de Emergência
Esta formação está inserida no projeto C19 Space, financiado pela União Europeia, um projeto que visa formar médicos e enfermeiros para as capacidades de cuidados intensivos.
Veja o vídeo em direto do NDC sobre o hospital de campanha
Veja o vídeo do NDC em direto da sala de cuidados intensivos
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