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Hospitais privados do Brasil suspendem testagem de assintomáticos por falta de material

Notícias de Coimbra com Lusa | 2 anos atrás em 12-01-2022

A Rede D’Or, a maior rede privada de hospitais do Brasil, suspendeu hoje a realização de testes à covid-19 de pacientes com poucos sintomas ou assintomáticos devido à falta de consumíveis para testagem.

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A Rede D’Or apenas abrirá exceções a pacientes graves e internados, assim como a profissionais de saúde, segundo um comunicado oficial

“Como é de conhecimento público, há uma limitação no mercado nacional de insumos para testes de PCR e antígeno para a covid-19 em função da explosão de casos. (…) Considerando o aumento da demanda e a limitação dos recursos, estamos priorizando a realização desses exames em pacientes com indicação clínica (…), pacientes internados e em profissionais de saúde, e limitando a realização dos exames eletivos ou em pacientes com bom estado geral”, diz o texto.

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Além da rede hospitalar, também a Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) recomendou aos laboratórios privados que “cessem” a testagem de pacientes com poucos sintomas ou assintomáticos devido ao risco iminente de falta de material para esse efeito.

Num comunicado a que imprensa local teve acesso, a Abramed sugeriu que sejam priorizados “os pacientes que tenham maior gravidade de sintomas, pacientes hospitalizados e cirúrgicos, pessoas em grupos de risco, trabalhadores assistenciais da área da saúde, e colaboradores de serviços essenciais”.

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Já os assintomáticos e pacientes com pouco sintomas devem seguir o isolamento necessário para conter a disseminação do vírus, ainda segundo a associação.

O diretor do Comité Técnico de Análises Clínicas da Abramed, Alex Galoro, disse hoje à rede Globo que o risco de desabastecimento de testes assemelha-se ao que se viu no início da pandemia, quando os laboratórios não tinham capacidade de testagem perante uma procura inesperada.

Na maioria, os consumíveis utilizados nos testes à covid-19 são produzidos no exterior, como na Europa, nos Estados Unidos da América ou na China, sendo que algumas dessas regiões enfrentam uma nova vaga da pandemia devido à variante Ómicron.

O Brasil, que tem registado um aumento acelerado de infeções nas últimas semanas, é, juntamente com os Estados Unidos e Índia, um dos países mais afetados pela pandemia, com mais de 620 mil mortes e 22,6 milhões de infetados.

O ministro da Saúde do Brasil, Marcelo Queiroga, afirmou que espera um crescimento significativo das infeções no país nas próximas semanas “semelhante ao de alguns países europeus”, como Espanha, Reino Unido e França.

Se essas previsões se concretizarem, o Brasil ultrapassará em muito o número máximo diário de infetados pelo coronavírus que registou em 23 de junho de 2021, com 115.228 casos positivos.

A covid-19 provocou 5.503.347 mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

Uma nova variante, a Ómicron, considerada preocupante e muito contagiosa pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, em novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 110 países, sendo dominante em Portugal.

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