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Hospitais portugueses realizaram hoje primeiro implante de monitores cardíacos miniaturizados

Notícias de Coimbra | 10 anos atrás em 12-02-2014

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Hoje, dia 12 de fevereiro, realizou-se o primeiro implante de micro dispositivos de monitorização cardíaca em Portugal. Cinco equipas médicas implantaram os primeiros monitores cardíacos miniaturizados em Portugal, dando início a uma nova era no diagnóstico cardíaco.

O Centro Hospitalar Alto Ave (Hospital de Guimarães), o Centro Hospitalar do Porto (Hospital Geral de Santo António) e o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) são os primeiros centros a colocarem este novo sistema de monitorização de arritmias cardíacas, cujo tamanho é mais de 80 por cento menor que os dispositivos atualmente disponíveis. Apesar de ser significativamente mais pequeno, o novo dispositivo permite uma monitorização contínua durante três anos e é disponibilizado com um sistema monitorização remota (wireless) que permite uma avaliação à distância do aparelho e possibilita o envio de notificações perante a presença de determinadas arritmias cardíacas.

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Segundo Katya Reis Santos, cardiologista e secretária-geral da Associação Portuguesa de Arritmologia, Pacing e Electrofisiologia (APAPE) “este dispositivo cardíaco está indicado nalguns doentes com síncope (“desmaio”) ou palpitações, de modo a correlacionar os sintomas com a presença (ou ausência) de arritmias cardíacas, permitindo um diagnóstico mais preciso e um tratamento mais específico de eventuais alterações do ritmo cardíaco.”

A síncope é uma perda de consciência resultante de uma diminuição da circulação sanguínea cerebral global e transitória. Carateriza-se por um início súbito, curta duração e recuperação completa e espontânea. Estima-se que nos indivíduos que atingem os 70 anos a sua prevalência seja de 42 por cento e é responsável por 1 por cento das idas às urgências hospitalares. Existem dois picos para a ocorrência do primeiro episódio, um primeiro em torno dos 15 anos e outro acima dos 65.

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As palpitações são uma perceção incómoda do batimento cardíaco (demasiado rápido, demasiado forte ou irregular) e uma queixa muito frequente na prática clínica. Podem ser o resultado de uma arritmia cardíaca ou traduzir um aumento da frequência cardíaca em resposta a uma situação não cardíaca (p. ex. ansiedade ou anemia).

O novo dispositivo é implantado debaixo da pele através de uma pequena incisão de menos de 1 cm no lado superior esquerdo do tórax e, quando implantado, é frequentemente quase impercetível a olho nu.

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