Coimbra

Há mais duas repúblicas que querem ser reconhecidas como entidades de interesse histórico e cultural ou social local

Notícias de Coimbra | 5 anos atrás em 24-03-2019

A Câmara Municipal de Coimbrs (CMC) vai analisar e votar, na sua reunião de amanhã, duas propostas para o eventual reconhecimento da Associação República dos Kágados e da Real República Rás-Teparta como entidades de interesse histórico e cultural ou social local. A serem aprovadas as intenções de candidatura, a decisão será submetida a um período de consulta pública de 20 dias.

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A Associação República dos Kágados apresentou a candidatura final nos serviços municipais em setembro, tendo-se seguido a análise técnica dos serviços municipais.

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Caso a intenção de candidatura seja aprovada, esta decisão será submetida a um período de consulta pública, de 20 dias, para que, por fim, seja elaborado o relatório final.

Na ficha de candidatura os Kágados referem que a sua fundação se deu em 1933, sendo que não são apresentadas evidências que atestem esta data. No entanto, é possível comprovar que a longevidade da república de estudantes é superior a 25 anos. Esta república foi criada por estudantes oriundos, na sua maioria, do Minho, que deram seguimento de outras duas repúblicas, a Ribatejana e a do Porvir, esta última originária dos primórdios do século XX. Ao longo do tempo os Kágados foram frequentados por várias individualidades, como o psiquiatra Manuel Carvalho Santos, o ex-eurodeputado Luís Filipe Madeira, o trovador da liberdade José Afonso ou o poeta Vinicius de Moraes.

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Por seu turno, a Associação da Real República Rás-Teparta apresentou a candidatura final em janeiro passado, depois de um período de audiência de interessados. De acordo com os elementos da ficha de candidatura, a República Rás-Teparta foi fundada em 1943, não sendo, porém, apresentadas evidências que atestem essa data. Ainda assim, na candidatura são apresentadas evidências que comprovam a sua existência há mais de 25 anos.

Da atividade da República Rás-Teparta salienta-se a sua participação na organização de diversos eventos, como homenagens a Adriano Correia de Oliveira, jogos florais, tertúlias e ciclos de cinema.

Recorde-se que a CMC aprovou, na sua reunião de 5 de março de 2018, uma ficha de candidatura para a instrução de processos de reconhecimento e proteção de estabelecimentos e entidades de interesse histórico e cultural ou social local, de forma a auxiliar os estabelecimentos que pretendessem ver efetivado esse reconhecimento. O objetivo passa, pois, por simplificar o procedimento, para que os estabelecimentos que se enquadrem nas categorias previstas na lei possam desencadear, com maior celeridade e simplicidade, o seu processo de pedido de reconhecimento como entidade de interesse histórico e cultural ou social local.

Desde então, já foram reconhecidas sete repúblicas de estudantes e estão em análise técnica ou a aguardar a entrega de documentos outras 14.

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