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Governo timorense pede suspensão de professor que obrigou alunas a beijarem-se

Notícias de Coimbra | 4 anos atrás em 28-10-2019

O Inspetor-Geral do Ministério da Educação timorense pediu a suspensão preventiva de um diretor de uma escola básica, por obrigar duas alunas a beijarem-se na sala de aula, ameaçando bater-lhes com um pau.

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Um outro professor foi também abrangido pela mesmo medida por ser o autor do vídeo do incidente, que depois divulgou nas redes sociais.   

A decisão do pedido de suspensão preventiva, formulado oficialmente à Comissão da Função Pública (CFP), foi anunciada pelo Ministério da Educação, Juventude e Desporto (MEJD) na página da rede social Facebook.

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De acordo com o MEJD, os professores em causa são o diretor da Escola Básica 20 de Agosto em Ermera, Francisco Soares, que ameaçou as alunas, e o coordenador da Escola Básica Municipal, Nuno Maria de Carvalho, que filmou o incidente.

O Ministério da Educação divulgou uma carta sobre o assunto, remetida na semana passada pelo Inspetor-Geral do Ministério da Educação, Juventude e Desporto, Evaristo Maria de Jesus, para o presidente da Comissão da Função Pública, Faustino Cardoso, sobre o caso.

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“Julgamos ser necessária a suspensão preventiva com base na necessidade de proteger os alunos”, afirmou o inspetor-geral na carta.

No mesmo documento, o inspetor-geral explicou que, dada a gravidade do caso, o MEJD está a tratar a situação “com a maior urgência possível”, esperando ter até final do mês o relatório de investigação concluído.

Sobre o vídeo que se tornou viral nas redes sociais em Timor-Leste, o inspetor-geral acrescentou que as imagens mostram que “o indivíduo em apreço instiga alunas, ameaçando-as com castigo físico, para que estas pratiquem ato sexual de relevo”.

“É evidente que o senhor diretor constrange as alunas a darem um beijo na boca dentro do recinto escolar. É evidente que o senhor coordenador ao filmar o ocorrido e partilhar este nas redes sociais violou o dever de privacidade das alunas”, considerou.

Evaristo de Jesus indicou que estes atos são uma “violação séria dos deveres dos funcionários, representando uma falta disciplinar na forma de ações de caráter sexual”, pelo que pede a “suspensão preventiva” de ambos.

O incidente, que ocorreu no passado dia 17 de setembro, numa escola localizada a sul de Díli, tornou-se público há uma semana, quando um vídeo a mostrar o professor e as alunas foi divulgado nas redes sociais, onde rapidamente se tornou viral.

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