Governo promete investimento de 89 milhões na mobilidade entre Lousã e Coimbra

Notícias de Coimbra | 7 anos atrás em 01-06-2017

O projeto de mobilidade para o Ramal da Lousã e da cidade de Coimbra, com que o Governo se comprometeu junto das autarquias, deverá custar 89,3 milhões de euros.

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Uma imagem do passado

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Uma fonte oficial adiantou que a “versão definitiva” do estudo do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), avalizada pelo Governo e que suscitou o acordo dos presidentes das três câmaras envolvidas no processo, escolheu um modelo de autocarro “exclusivamente elétrico”, após o LNEC ter ponderado também a propulsão a gás natural comprimido e híbrida, que foram recusadas.

Por “razões ambientais”, o gasóleo foi uma hipótese rejeitada logo no início do estudo.

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Após “diferentes versões” do documento, o Governo comprometeu-se com o trabalho final do LNEC, encomendado através da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), numa reunião realizada, em Lisboa, na semana passada, entre o ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, técnicos daquele instituto público e os autarcas da Lousã, Miranda do Corvo e Coimbra, todos do PS, Luís Antunes, Miguel Baptista e Manuel Machado, respetivamente.

Ao longo de “mais de um ano”, os presidentes dos três municípios servidos pela linha ferroviária da Lousã durante mais de 100 anos, entre 1906 e 2010, participaram em “dezenas de reuniões”, algumas com a presença do ministro da tutela, tanto em Lisboa, como em Coimbra, na sede da CCDRC, disse a fonte do gabinete de Pedro Marques.

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Na sexta-feira, o Governo apresenta o estudo de mobilidade rodoviária entre Lousã e Coimbra, que substituirá o sistema de metro projetado há 21 anos pelo Estado e municípios envolvidos, que integram a sociedade Metro Mondego, criada em 1996 com este objetivo que não chegou a passar do papel.

O Ramal da Lousã foi encerrado há mais de sete anos, para obras que visavam a instalação de um sistema de metro, depois de uma cerimónia simbólica, realizada em Serpins, concelho da Lousã, em dezembro de 2009, que contou com intervenções de apoio ao projeto dos então presidentes das câmaras da Lousã e Miranda do Corvo, Fernando Carvalho (PS) e Fátima Ramos (PSD que agora se candidata ao cargo por este partido).

Iniciadas pelo último Governo de José Sócrates, as empreitadas foram depois suspensas por razões financeiras, passando os utentes do serviço público ferroviário a ser transportados de autocarro.

O investimento de 89,3 milhões de euros no denominado “sistema metrobus”, a candidatar a fundos europeus, inclui a infraestrutura e um total de 43 autocarros elétricos, sendo 30 de 55 lugares sentados, para o troço suburbano da rede, entre Serpins e Coimbra, e 13 articulados de 130 lugares sentados e em pé, para a área urbana da capital do distrito.

Nesta sexta-feira, a partir das 09:30, o ministro Pedro Marques intervém em três sessões será apresentação, com a presença de responsáveis do LNEC, nas câmaras da Lousã, Miranda do Corvo e Coimbra.

O estudo rejeita o metro como solução, bem como a reposição do comboio no Ramal da Lousã, ao contrário do que era recomendado pela Assembleia da República em diferentes resoluções aprovadas em fevereiro.

O movimento Lousã pelo Ramal marcou uma concentração de protesto nesta vila, às 09:00, na qual deverão participar subscritores de uma petição pela reposição do serviço público ferroviário, com mais de 8.000 assinaturas, entregue no Parlamento pelo jornal Trevim no Parlamento, em março de 2016.

 

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