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Coimbra

Governo não quer ficar refém dos enfermeiros

Notícias de Coimbra | 5 anos atrás em 24-12-2018

A ministra da Saúde afirmou hoje que vai equacionar “todas as fórmulas” para garantir que o Serviço Nacional de Saúde não fique refém de reivindicações profissionais, caso se aproxime um novo período de greve dos enfermeiros sem possibilidade de consenso.

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“Procurámos, num esforço absolutamente titânico, encontrar caminhos que permitissem aproximarmo-nos [das reivindicações dos enfermeiros]. Se isso não for possível, há outras fórmulas. Muitas vezes me têm perguntado se estaríamos a equacioná-las e, se se aproximar um novo período de greve sem uma possibilidade de chegar a um consenso, pois essas fórmulas terão de ser equacionadas”, afirmou Marta Temido, que falava em Coimbra, numa visita ao Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC).

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Questionada sobre se alguma dessas fórmulas seria a requisição civil (hipótese que rejeitou no passado), a ministra da Saúde apenas disse estar a referir-se a “todos os instrumentos que, num Estado de Direito, permitem que todos os cidadãos não fiquem reféns de reivindicações profissionais que, por muito legítimas que possam ser, não podem capturar o próprio Estado”.

Marta Temido frisou que o diferendo entre Governo e enfermeiros (cuja ‘greve cirúrgica’ nos blocos operatórios de cinco hospitais terá adiado mais de sete mil cirurgias) “vai ter de ser, inevitavelmente, resolvido”.

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A governante esclareceu que tem tentado “encontrar caminhos para o diálogo” e uma aproximação, “através da conciliação de posições”.

“Mas também todos percebemos que há o momento em que esse caminho, por muito que desejássemos fazê-lo, pode ser um caminho onde só uma das partes caminha”, alertou.

No entanto, Marta Temido frisou que no início de 2019 haverá ainda conversação com todas as estruturas sindicais, sendo essas “as últimas conversas que será possível ter sobre este tema” e onde o Governo vai encetar numa “derradeira tentativa de aproximação”.

Sobre se será possível manter a promessa deixada pelo primeiro-ministro, António Costa, de que as cirurgias adiadas pela greve vão acontecer nos primeiros três meses de 2019, a ministra da Saúde disse que “vai ter de ser possível” que os serviços públicos não fiquem reféns nem se deixem “capturar por qualquer grupo profissional”.

A greve em blocos operatórios de cinco hospitais público decorre desde 22 de novembro e termina no final do mês, tendo provocado o adiamento de pelo menos cinco mil cirurgias, segundo o Governo, e acima de sete mil, de acordo com os enfermeiros.

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