Governo

Governo na Pampilhosa da Serra para aprovar planos de coesão e ordenanamento territorial

Notícias de Coimbra | 6 anos atrás em 20-06-2018

António Costa afirmou também que o Governo vai aprovar uma atualização do plano nacional para a coesão territorial, em Pampilhosa da Serra, em 14 de julho, juntamente com o plano nacional de ordenamento do território.

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A revelação foi feita depois do secretário-geral comunista ter pedido hoje mais investimento e ação ao Governo, além da continuidade da reposição de “rendimentos e direitos”, mas o chefe do executivo alertou ser essencial “nunca” dar “um passo maior do que a perna”.

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Jerónimo de Sousa sublinhou o perigo das carências no Serviço Nacional de Saúde (SNS), que podem ter “consequências imprevisíveis”, e criticou a “teimosia” do Governo relativamente ao problema da contagem do tempo de serviço dos professores, no debate parlamentar quinzenal com o primeiro-ministro.

Para o líder comunista “tem havido dinheiro para transferir para os privados” no setor da saúde e para a banca em vez de se canalizar recursos para aqueles problemas, incluindo os apoios ao desenvolvimento do interior do país, nomeadamente nas regiões afetadas pelos fogos florestais de 2017.

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“Sim, vamos prosseguir o caminho de reposição de rendimentos e direitos, mas, para que possa prosseguir de forma sustentável, é absolutamente essencial nunca darmos um passo maior do que a perna e sermos confrontados com a necessidade de dar um passo atrás e aguardar muitos anos para podermos dar dois passos à frente”, afirmou António Costa.

Jerónimo de Sousa elogiou “um dos melhores SNS do mundo”, que considerou ter vindo a ser “alvo de uma campanha que visa a sua desacreditação”, cujos “autores pretendem convencer os portugueses de que é preciso ir mais longe na transferência da prestação de cuidados para grupos privados”.

“É um alerta que lhe faço. Ou são tomadas medidas ou temos aqui uma situação muito difícil, um problema que se pode transformar numa crise de consequências imprevisíveis”, avisou o secretário-geral do PCP, referindo-se ao próximo período de férias, incluindo a época balnear e a reintrodução das 35 horas de trabalho semanal, fatores que necessitam de “medidas de emergência que não se compadecem com uma política obsessivamente dependente do défice das contas públicas”.

António Costa salientou existirem “mais 8.000 profissionais no SNS do que anteriormente” e, comparando com 2015, “mais 3.600 médicos, mais 3.000 enfermeiros”.

“Não vale a pena dizer que o país não tem dinheiro para cumprir os compromissos com os seus trabalhadores – professores, forças de segurança e outros – quando o Governo continua a entregar à banca milhões e milhões de euros”, afirmou também Jerónimo de Sousa.

Ainda sobre a questão dos professores, líder do executivo socialista relembrou a “declaração de compromisso” com aquela classe profissional: “o que foi acordado foi abrir negociações a fim de mitigar o impacto do congelamento e discutir simultaneamente o tempo, o modo e calendário da recuperação (das remunerações)”.

“Foi com esta boa-fé e objeto que nos sentámos à mesa e apresentámos uma proposta. Não recebemos contraproposta”, lamentou o primeiro-ministro sobre o diferendo entre os nove anos, quatro meses e dois dias que os sindicatos querem ver reconhecidos e os dois anos, nove meses e 18 dias apresentados pelo Ministério da Educação.

O líder comunista começara a intervenção questionando o Governo sobre a sua posição na União Europeia em relação aos cortes nos fundos de coesão e na Política Agrícola Comum, bem como a falta de apoios estatais, um ano depois dos devastadores incêndios na zona de Pedrógão Grande, Leiria, pois “não basta solidariedade, é preciso medidas concretas”.

O chefe do Governo elencou estarem já “1.012 casas concluídas ou em reconstrução” e referiu ainda os apoios concedidos de “81 milhões de euros a empresas e a 1.850 postos de trabalho”, além de “700 mil euros na alimentação de gado sem pastagens”, entre outros.

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