Economia

Governo entrou com 310 milhões para o setor do turismo no interior do país 

Notícias de Coimbra | 5 anos atrás em 15-02-2019

O ministro da Economia afirmou hoje que o Governo apoiou com cerca de 310 milhões de euros investimentos no setor do turismo para o interior do país, no âmbito dos programas Valorizar e Portugal 2020.

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“Só na área turística, nós já apoiámos com o programa Valorizar cerca de 81 milhões de euros de investimentos e, na execução do Portugal 2020, já apoiámos 229 milhões de euros de investimentos no setor turístico no interior do país, porque vale a pena”, disse Pedro Siza Vieira.

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O governante falava na Coudelaria de Alter do Chão, no distrito de Portalegre, na cerimónia de lançamento da primeira pedra do hotel Vila Galé Alter Real, que vai surgir no espaço ao abrigo do programa Revive, contando com um investimento de 8,5 milhões de euros.

“O país só vai conseguir crescer, decididamente, se valorizar e aproveitar todo o potencial do nosso território e todo o potencial da nossa cultura, incluindo o interior”, afirmou Pedro Siza Vieira, que estava acompanhado pelos ministros da Agricultura e da Cultura e de vários secretários de Estado.

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O ministro da Economia sublinhou ainda que a sazonalidade no setor do turismo tem vindo a reduzir-se nos últimos três anos, sendo nesta altura Portugal o país da Europa com a “mais baixa taxa de sazonalidade”.

“Neste momento, Portugal é o país na Europa que tem a mais baixa taxa de sazonalidade, apenas 35% dos turistas nos visita na época alta e 65% visitam-nos no resto ano”, acrescentou.

Pedro Siza Vieira considerou ainda que o programa Revive é uma “peça fundamental” na estratégia de valorização do património do país.

As obras na unidade hoteleira de quatro estrelas na Coudelaria de Alter do Chão deverão estar concluídas no primeiro trimestre de 2020, criando 40 postos de trabalho, numa estrutura que vai possuir 76 quartos, bar, três piscinas exteriores, ‘spa’ com piscina interior aquecida, biblioteca, enoteca e um restaurante.

A concessão de alguns edifícios da Coudelaria de Alter, a mais antiga do mundo, ao grupo Vila Galé foi feita por um período de 50 anos.

O programa Revive foi lançado em conjunto pelos ministérios da Economia, Cultura e Finanças, e pretende valorizar e recuperar o património do Estado sem uso.

O ministro da Agricultura, Luís Capoulas Santos, esteve também presente na cerimónia de lançamento da primeira pedra da unidade hoteleira e, em declarações aos jornalistas, sublinhou que o projeto vem “relançar” a coudelaria que foi criada em 1748.

“Neste momento, [a coudelaria] vive o seu melhor momento de sempre, porque tem um modelo de gestão definido, tem uma situação financeira garantida e equilibrada e estamos agora a procurar que ela se transforme naquilo que sonhamos há 20 anos que era transformá-la num verdadeiro polo de desenvolvimento do norte alentejano, à volta desse produto único que é o cavalo de Alter”, disse.

Até hoje, foram colocados em concurso no âmbito do programa Revive 16 imóveis, estando nesta altura a decorrer nove concursos públicos: Casa Marrocos (Idanha a Nova), Mosteiro de Arouca (Arouca), Convento de São Francisco (Portalegre), Quartel do Carmo (Horta, Açores), Convento do Carmo (Moura), Convento de Lorvão (Penacova), Quinta do Paço de Valverde (Évora), Castelo de Vila Nova de Cerveira e Quartel da Graça (Lisboa).

No âmbito deste programa foram até esta altura concessionados seis imóveis, prevendo-se que os próximos a serem lançados a concurso sejam o Paço Real de Caxias (Oeiras), Mosteiro São Salvador de Travanca (Amarante) e o Forte da Barra de Aveiro (Ílhavo).

A Coudelaria de Alter do Chão, fundada em 1748 por D. João V, desenvolve trabalhos de seleção e melhoramento de cavalos Lusitanos e possui uma unidade clínica dotada com todos os meios para o acompanhamento e tratamento médico dos animais, acolhendo, nas suas instalações, entre outras valências, o Laboratório de Genética Molecular.

A coudelaria, que emprega cerca de 30 pessoas, passou a ser gerida, em março de 2007, pela Fundação Alter Real (FAR), após a extinção do Serviço Nacional Coudélico, no âmbito do Programa de Reestruturação da Administração Central do Estado.

Após a extinção da FAR, em agosto de 2013, a Companhia das Lezírias assumiu a gestão da coudelaria, cabendo a gestão do Laboratório de Genética Molecular à Direção-Geral de Alimentação e Veterinária.

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