Governo encara diversificação dos mercados como desafio da internacionalização

Notícias de Coimbra | 7 anos atrás em 09-10-2017

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, disse hoje que a diversificação dos mercados é um dos atuais desafios da economia portuguesa na sua componente exportadora.

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Augusto Santos Silva realçou a importância do trabalho conjunto das empresas nacionais e suas associações para “aumentar o grau de internacionalização da economia e torná-la sustentável” no futuro.

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“Temos de fazer com que esta circunstância se torne a nossa rotina”, defendeu, na apresentação dos contratos de projetos conjuntos de internacionalização das associações empresariais, durante uma sessão realizada na igreja do Convento de São Francisco, na margem esquerda do rio Mondego.

Para o ministro dos Negócios Estrangeiros, Portugal precisa de “um esforço de consolidação e desenvolvimento” nesta área, que promova o “aumento da resiliência do tecido exportador” e reduza “o número da mortalidade das empresas exportadoras”.

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Importa, na sua opinião, “diversificar os mercados”, apostando no trabalho conjunto das associações empresariais como “a melhor maneira de equilibrar riscos” e aumentar o volume de negócios com outros países.

“Aproveitem bem o valor que é Portugal em si mesmo”, disse Augusto Santos Silva aos empresários presentes na sala, dando a este propósito o exemplo do processo internacional em que as instituições nacionais se envolveram e que levou à escolha do antigo primeiro-ministro António Guterres como secretário-geral das Nações Unidas.

Por outro lado, o facto de Portugal “não ter diferendos políticos com nenhum país do mundo” acaba por ser igualmente “um fator muito importante quando pensamos na economia internacional”, sublinhou.

O prestígio do nome de Portugal no mundo “deve ser usado também como trunfo económico em dinâmicas de internacionalização”, preconizou.

“Utilizem bem as diferentes parcerias que o país tem no estrangeiro”, ao nível dos consulados e embaixadas, bem como das redes do Turismo de Portugal e da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP).

As diferentes redes “podem colaborar neste objetivo nacional”, afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros, que exortou ainda as empresas exportadoras a aproveitarem a “oportunidade conjuntural única” do crescimento da economia portuguesa.

O ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, interveio também na sessão.

Manuel Caldeira Cabral salientou que tem havido “um crescimento consistente das exportações, desde 2005”, tendência “que se reforçou no último ano”.

Na sua opinião, “não é verdade, certamente, neste momento” que o turismo seja “o único sector que está a puxar pelo crescimento da economia”.

“Há vários sectores a crescer a par com o turismo”, como o agroalimentar e a indústria automóvel, mas também o têxtil e o calçado, entre outros, acrescentou.

Intervieram também no encontro o secretário de Estado da Internacionalização, Eurico Brilhante Dias, e o presidente da Câmara Municipal de Coimbra, Manuel Machado, e o presidente da AICEP, Luís Castro Henriques, além de dirigentes de associações empresariais.

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