Coleção de fotografia do Novo Banco vem mesmo para Coimbra

Notícias de Coimbra | 6 anos atrás em 10-02-2018

 O secretário de Estado da Cultura, Miguel Honrado, disse hoje, em Coimbra, que a coleção de fotografia do Novo Banco ficará instalada no Convento São Francisco, em Coimbra.

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“Sei que a Coleção de Fotografia [Contemporânea] do Novo Banco”, com origem na coleção do antigo BES (Banco Espírito Santo), “virá para o Convento São Francisco”, em Coimbra, afirmou Miguel Honrado, que falava à agência Lusa, hoje, naquela cidade, à margem de uma visita ao Centro de Artes Visuais (CAV)/Encontro de Fotografia.

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O presidente da Câmara de Coimbra, Manuel Machado, revelou, na segunda-feira, 05 de fevereiro, durante a reunião do executivo municipal, que as negociações para a Coleção de Fotografia Contemporânea do Novo Banco ficar exposta, a título definitivo, em Coimbra, estavam “bem encaminhadas”.

O património fotográfico do Novo Banco, que tem figurado entre as melhores coleções empresariais do mundo e que está avaliado em “20 milhões de euros ou mesmo num valor superior”, será depositado, se “as negociações chegarem a bom termo”, no Convento São Francisco, acrescentou então o autarca.

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Reunindo cerca de mil peças de perto de três centenas de artistas, incluindo muitos dos mais prestigiados fotógrafos internacionais contemporâneos, a Coleção de Fotografia inclui obras de artistas como Jeff Wall, Cindy Sherman, Wolfgang Tillmans, Robert Frank, Christian Boltanski, John Baldessari, Thomas Struth, Candida Höfe, Willie Doherty, Irving Penn, Stan Douglas, Vik Muniz, Nan Goldin, Helena Almeida, Vasco Araújo, Daniel Blaufuks, Filipa César, Adriana Molder, Jorge Molder, Paulo Nozolino, Pedro Paiva e João Maria Gusmão, João Tabarra e Gérard Castello-Lopes, entre outros, de diferentes gerações e nacionalidades.

A instalação deste espólio em Coimbra insere-se no protocolo que, em 29 de janeiro deste ano, o Ministério da Cultura assinou com o Novo Banco para disponibilizar, à fruição pública, o seu património cultural e artístico, que reúne pintura, fotografia, numismática e uma biblioteca.

A Coleção de Fotografia Contemporânea do Novo Banco vai ficar exposta de forma definitiva num espaço fora de Lisboa ou do Porto, “porque há outras cidades” para além destas, disse, na sessão de formalização do protocolo, o primeiro-ministro, António Costa, sem adiantar qualquer cidade.

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O património cultural e artístico do Novo Banco inclui a Coleção de Pintura, com cerca de cem quadros do século XVII ao século XX, a Biblioteca de Estudos Humanísticos de Pina Martins, que está à guarda da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, a Coleção de Numismática, e a Coleção de Fotografia, que o presidente executivo do Novo Banco, António Ramalho, qualificou como “a joia da coroa”.

Questionado pela agência Lusa, à margem da sessão de 29 de janeiro, o ministro da Cultura, Luís Filipe Castro Mendes, disse, então, que, relativamente à Coleção de Pintura, a palavra de ordem é “descentralização” e que cada quadro “irá para o museu com que tiver mais afinidade, e em que se enquadre melhor”.

Sobre a coleção de pintura, o secretário de Estado Miguel Honrado disse que esse “é um dossiê que tem sido acompanhado” pelo gabinete do ministro da Cultura e sobre o qual apenas sabe que “de facto houve essa intenção de descentralização”, mas em relação à qual não pode “dizer mais nada”.

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