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Google Maps vai indicar que clínicas e hospitais realizam abortos nos EUA

Notícias de Coimbra com Lusa | 2 anos atrás em 26-08-2022

A Google vai passar a indicar na sua plataforma de mapas e de pesquisa quais as clínicas e hospitais que permitem realizar abortos nos Estados Unidos, num momento em que vários estados norte-americanos estão a proibir esta prática.

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A empresa de Mountain View, no Estado da Califórnia, explicou hoje em comunicado que estes locais vão aparecer especificamente rotulados como centros onde são realizados abortos quando os utilizadores pesquisarem: “clínicas de aborto perto de mim”.

Os resultados mostrarão apenas os centros onde a Google recebeu a confirmação de que os abortos são realmente realizados, para não enviar ninguém para um lugar onde isso não aconteça.

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Caso não haja clínicas próximas do utilizador, será sugerido ampliar o raio de pesquisa.

Relatórios divulgados recentemente apontaram que as pesquisas no Google por locais para realizar abortos levaram utilizadores a alguns pontos onde recebiam informações falsas sobre o procedimento, ou mesmo até clínicas antiaborto.

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Desde a revogação do famoso caso “Roe v. Wade” pelo Supremo Tribunal norte-americano, 13 estados proibiram ou restringiram severamente o acesso ao aborto, de acordo com o Instituto Guttmacher, que faz campanha pelo acesso à contraceção e à interrupção da gravidez.

Esta quinta-feira, um juiz de Dakota do Norte bloqueou a lei que proibiria o aborto naquele Estado do norte dos Estados Unidos, apenas um dia antes de esta entrar em vigor.

O juiz Bruce Romanick tomou posição ao lado da clínica de aborto que entrou com o processo contra o Estado e impediu que a lei entrasse em vigor enquanto o caso é resolvido, defendendo que, de outra forma, poderiam resultar “danos significativos” contra os queixosos.

Os estados conservadores do Texas, Idaho e Tennessee começaram a implementar leis na quinta-feira que proíbem quase completamente o aborto e, em alguns casos, estabelecem punições até prisão perpétua para médicos que o pratiquem.

As novas leis não mudam a realidade destes estados, que já proibiam o aborto, mas estabelecem ou aumentam multas e penas de prisão para equipas médicas, numa tentativa de intimidação, segundo organizações de defesa do aborto.

Esta ‘guerra’ contra o aborto tem sido travada a nível estatal desde a decisão de junho do Supremo Tribunal, que já deixou mais de 20,9 milhões de mulheres em idade reprodutiva sem acesso a este procedimento.

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