Câmaras

Góis aposta na fixação de jovens e no combate à desertificação

Notícias de Coimbra | 10 anos atrás em 27-12-2013

A fixação dos jovens e o combate à desertificação vão continuar a ser, em 2014, os principais desafios do município de Góis, que registou este ano pelo menos 18 nascimentos.

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Dezoito famílias beneficiaram, em 2013, de um incentivo de 500 euros que a Câmara Municipal atribui por cada novo filho de pais residentes no concelho, disse hoje à agência Lusa a presidente da autarquia, Lurdes Castanheira.

Evitando estabelecer uma relação direta com este apoio excecional, criado em 2007 com o valor de 250 euros e agora no montante de 500 euros, a autarca socialista realçou que o concelho alcançou em 2013 “a melhor taxa de natalidade” dos últimos anos.

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Pela primeira vez, 18 nascimentos permitiram aos pais receber aquele benefício, que a Câmara Municipal de Góis concede apenas aos pais residentes no concelho.

“Ainda é uma taxa de natalidade baixa, mas é a melhor dos últimos anos”, frisou Lurdes Castanheira.

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Nos últimos seis anos, no âmbito do programa de incentivo à natalidade, a Câmara registou 16 nascimentos (2008), 11 (2009), 15 (2010), oito (2011), 12 (2012) e 18 (2013).

O orçamento municipal para 2014 ascende a 8,8 milhões de euros, sendo “mais de 30% absorvido pelos recursos humanos” da autarquia, que emprega 170 trabalhadores.

O concelho de Góis era habitado por 4.260 pessoas em 2011, segundo dados oficiais, menos ainda do que os 4.894 habitantes que contava em 1801.

“Uma parte significativa deste orçamento dirige-se às pessoas, à manutenção do emprego e à criação de oportunidades de trabalho”, disse a presidente da Câmara.

A autarquia criou uma equipa que, em colaboração com as Finanças, vão realizar o cadastro da propriedade florestal, exemplificou, indicando que esta iniciativa assegura emprego a cinco pessoas, além de contribuir para o ordenamento e a proteção contra incêndios “do principal recurso endógeno” de Góis.

Os trabalhos de levantamento predial começam em janeiro, em Álvares, a freguesia do concelho “mais flagelada pelo fogo” no último verão, tendo ardido cerca de 1.000 hectares de áreas florestais.

O próximo ano “será de definição da estratégia para 2015”, tirando partido dos fundos comunitários da programação financeira do período 2014-2020.

Em 2014, segundo Lurdes Castanheira, serão realizadas “obras que não exigem grandes investimentos”, designadamente nas áreas do abastecimento de água, saneamento básico e pavimentação de estradas do concelho.

Em 1940, em plena II Guerra Mundial, a população de Góis atingiu o máximo dos últimos dois séculos, com 12.488 residentes, facto a que não será alheia a afluência de milhares de pessoas à região, nessa época, para participarem na extração do volfrâmio.

Situado no distrito de Coimbra, numa zona montanhosa banhada pelo rio Ceira, o concelho teve uma perda acentuada de população após a II Guerra, tendo mantido essa tendência nas últimas décadas.

 

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