GNR concluiu relatório sobre a tragédia na estrada da morte

Notícias de Coimbra | 7 anos atrás em 03-07-2017

A GNR concluiu o relatório interno sobre a Estrada Nacional 236-1, onde morreram dezenas de pessoas encurraladas pelas chamas durante o incêndio de Pedrogão Grande, avançou hoje o secretário de Estado da Administração Interna.

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GNR

“O relatório da GNR já chegou a quem tinha o direito de o receber”, disse aos jornalistas Jorge Gomes, à margem da cerimónia que assinalou o 8.º aniversário da Unidade Nacional de Trânsito da Guarda Nacional Republicana.

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O secretário de Estado escusou-se a avançar com as conclusões do inquérito final instaurado pela GNR e entregue ao primeiro-ministro.

“Se eu dissesse o que [o relatório] dizia, estava a violar um segredo. Quem recebeu o relatório é que terá que se pronunciar acerca dele”, afirmou.

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Numa primeira resposta, o Comando Geral da GNR considerou que EN-236-1 foi atingida no incêndio que deflagrou em Pedrógão Grande de forma “inesperada e assustadoramente repentina, surpreendendo todos”, vítimas e Guarda.

Neste esclarecimento enviado inicialmente ao primeiro-ministro, a GNR fala ainda em “dificuldades nas comunicações (todas)”.

Sobre o relatório do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), que revela que há uma probabilidade baixa de terem ocorrido descargas elétricas (raios) na proximidade do local e hora de início do incêndio de Pedrógão Grande, Jorge Gomes frisou que o IPMA confirmou aquilo que tem afirmado desde o início.

“Desde o primeiro dia que disse que aquela ocorrência devia ser separada em duas: uma que é o incêndio e outra que é um fenómeno, que não sei explicar, algo que ocorreu de anormal”, sustentou, escusando-se a avançar com mais comentários com matérias relacionadas com o fogo de Pedrógão Grande e que estão a ser alvo de inquérito.

O incêndio que deflagrou em Pedrógão Grande no dia 17 de junho, no distrito de Leiria, provocou pelo menos 64 mortos e mais de 200 feridos, e só foi dado como extinto uma semana depois.

Mais de dois mil operacionais estiveram envolvidos no combate às chamas, que consumiram 53 mil hectares de floresta, o equivalente a cerca de 75 mil campos de futebol.

A área destruída por estes incêndios na região Centro corresponde a praticamente um terço da área ardida em Portugal em 2016, que totalizou 154.944 hectares.

Das vítimas do incêndio que começou em Pedrógão Grande, pelo menos 47 morreram na Estrada Nacional 236-1, entre Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos, concelhos também atingidos pelas chamas.

O fogo chegou ainda aos distritos de Castelo Branco, através da Sertã, e de Coimbra, pela Pampilhosa da Serra e Penela.

 

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