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Municípios querem cooperar na resolução de problemas e na capacitação da população

Notícias de Coimbra | 6 anos atrás em 30-10-2017

Os municípios estão prontos para colaborar na resolução de problemas resultantes dos incêndios e disponíveis para ajudar na divulgação e na capacitação da população para a adoção de comportamentos adequados, assumiu hoje a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP).

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manuel machado

“Os municípios estão prontos a cooperar com os órgãos de soberania e com as outras entidades do Estado, na resolução de problemas decorrentes desta tragédia dos incêndios”, disse à agência Lusa o presidente da ANMP, Manuel Machado, após o primeiro encontro com o novo ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, em Lisboa.

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“Analisamos vários aspetos em que iremos intervir conjunta e conjugadamente: desde o apoio na reconstrução até à preparação do dispositivo revisto da Proteção civil”, contou Manuel Machado, que aproveitou a oportunidade para apresentar cumprimentos à nova equipa chefiada por Eduardo Cabrita, anterior ministro Adjunto, mas que continua a tutelar a pasta das autarquias, o que é visto como um facto “positivo” pelo presidente da ANMP.

Outro dos assuntos debatidos com o ministro foi a recetividade demonstrada pelos municípios para ajudarem na sensibilização da população para as questões da proteção de todos.

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“Também a disponibilidade para cooperarmos na divulgação, na capacitação das pessoas, desde logo nas escolas, para comportamentos adequados em função de situações que possam ocorrer, sejam elas no âmbito dos fogos florestais, no âmbito de um tremor de terra. Aquele setor especialmente sensível onde é indispensável haver uma capacidade das pessoas para reagir de forma positiva a quaisquer situações dessas e que são situações excecionais e de emergência”, sublinhou Manuel Machado.

Questionado sobre as medidas anunciadas pelo Governo, na sequência dos incêndios, o presidente da ANMP mostrou-se “cooperante” e disse que os municípios vão acompanhar todo o processo de implementação no terreno de uma “forma positiva, construtiva e determinada”.

“A minha convicção é a de que há uma conjugação de pontos de vista e que vai ser possível realizar no terreno, nos diferentes territórios, porque as características do território continental são diversas. Em consideração das realidades territoriais, cada um dos municípios está pronto para intervir e ajudar a resolver”, assegurou Manuel Machado.

O 15 de outubro foi o pior dia de incêndios deste ano, segundo as autoridades, tendo sido registados mais de 500 incêndios em todo o país, provocando 45 mortos, cerca de 70 feridos, perto de uma dezena dos quais em estado grave, e obrigando ainda à evacuação de localidades e ao realojamento de populações.

Além dos 43.191 hectares de floresta consumida pelas chamas, o fogo em Oliveira do Hospital provocou ainda 12 mortos, sendo o concelho com maior número vítimas mortais.

Segundo a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), as vítimas mortais registaram-se maioritariamente nos distritos de Coimbra (24), Viseu (16) e Guarda (quatro).

Esta não foi, no entanto, a situação mais grave de incêndios a nível de mortalidade, uma vez que em 17 de junho deflagrou em Pedrógão Grande um fogo que se alastrou a outros concelhos, deixando 64 mortos e mais de 250 feridos, de acordo com a contabilização oficial. Os dados provisórios do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) indicam que este incêndio de Pedrógão Grande consumiu uma área de 27.364 hectares.

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