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Floating Hub Music coloca Mindelo no mapa internacional das estrelas 

Notícias de Coimbra | 3 anos atrás em 17-04-2021

A baía do Mindelo vai ter dentro de três meses uma instalação flutuante para música, entretenimento e intercâmbio entre artistas que promete trazer estrelas internacionais à cidade cabo-verdiana, num projeto do investidor maliano Samba Bathily.

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“Quando abrir, o plano é ter cá todos os meses uma celebridade”, adiantou, em entrevista à Lusa, na ilha de São Vicente, o investidor maliano, que tem em fase final de construção, na baía local, o Floating Hub Music, após um investimento de cerca de três milhões de dólares (2,5 milhões de euros).

Entre outras valências, será um estúdio de gravação musical, flutuante, num projeto da Africa Development Solutions (ADS), empresa africana detida pelo investidor maliano.

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“Todos os meses teremos um artista a expor os seus trabalhos, vamos ter músicos de todo o mundo e moda. Vamos fazer muitos eventos”, garantiu Samba Bathily.

O primeiro nome internacional, já em maio e ainda antes da abertura do equipamento, será Teddy Riley, produtor musical norte-americano que trabalhou com Michael Jackson e Bobby Brown.

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“Vai apoiar músicos locais e africanos, mas também produzir para o resto do mundo”, garantiu, acrescentando que o produtor norte vai instalar-se naquela ilha cabo-verdiana.

A estrutura, flutuante e desenvolvida a partir de um trabalho de investigação do arquiteto Kunlé Adeyemi, já marca a orla marítima da Avenida Marginal do Mindelo e envolve a implementação de um estúdio de gravação tecnologicamente avançado, uma escola de música e uma zona de diversão aberta ao público.

“Tive esta ideia na primeira vez que fui à Praia, que foi há uns anos, visitei a Cidade Velha e explicaram-me como é que os escravos eram trazidos para Cabo Verde e transportados em navios pelo mundo. Pensei em ter algo simbólico e surgiu a ideia de ter um navio, porque sabemos que os escravos eram enviados a partir de África em navios”, recordou, sobre a ideia original, que rapidamente evoluiu para uma estrutura de três edifícios flutuantes, ligados a terra por um passadiço.

“Quando visitei o Mindelo percebi claramente que este era o sítio para o fazer”, afirmou Samba Bathily.

Com a infraestrutura concluída em 90%, recorrendo a fornecedores dos Estados Unidos, Portugal, Espanha ou Holanda, o objetivo é ter tudo a funcionar “dentro de três meses”, numa abertura que promete surpreender.

“Vamos ter pelo menos dez estrelas no dia da abertura. Não posso dizer nomes, porque vai ser uma surpresa, mas serão muito famosos”, garantiu.

A estrutura, amovível, fica localizada a 50 metros entre a praia e a baía, perto do futuro terminal de cruzeiros de São Vicente, o qual prevê, depois de estar em funcionamento, receber 200.000 turistas anualmente.

“As autoridades foram muito entusiásticas e rápidas com o projeto”, elogiou, garantindo que São Vicente “tem um claro potencial para o turismo”, “africano e do resto do mundo”.

Através do grupo ADS, Samba Bathily intervém em domínios estratégicos para o desenvolvimento dos países do continente africano, nomeadamente financiamento de projetos, energias renováveis e acesso à água, novas tecnologias, média e telecomunicações, infraestruturas, hotelaria e imobiliário, automóvel e logística, entre outras.

“O turismo não é só investir em hotéis, temos de vender o destino, e isto é parte do destino. Porque trazer estrelas com milhões de seguidores vai atrair ainda mais atenção para o Mindelo”, garantiu o empresário, assumindo estar satisfeito com a aposta em Cabo Verde.

“Mas vou ficar ainda mais satisfeito, quando arrancar”, atirou.

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