Coimbra

Figueira da Foz vai mudar para led toda a iluminação pública do concelho

Notícias de Coimbra com Lusa | 3 anos atrás em 05-04-2021

O município da Figueira da Foz, no distrito de Coimbra, vai mudar para lâmpadas ‘led’ toda a iluminação pública do concelho, um projeto de 8,4 milhões de euros que deverá estar concluído em 2022, foi hoje anunciado.

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Segundo o projeto, hoje aprovado em reunião da autarquia, o município prevê trocar as 22.500 luminárias públicas das 14 freguesias por outras com tecnologia ‘led’, mais eficiente e com menor consumo, o que representará uma poupança anual de 890 mil euros na despesa corrente municipal.

Para tal, o executivo irá contratualizar um empréstimo bancário no valor de 7,9 milhões de euros, a pagar a 10 anos (830 mil euros por ano), o que, segundo dados hoje avançados à agência Lusa pelo presidente da Câmara, Carlos Monteiro, será amortizado com a poupança gerada na fatura de energia.

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Atualmente, a Câmara Municipal gasta cerca de 1,3 milhões de euros anuais com o consumo da iluminação pública, valor que, com a concretização do projeto, cairá para cerca de 400 mil euros.

No entanto, face à necessidade de amortizar o empréstimo, nos primeiros 10 anos a poupança gerada será de 60 mil euros anuais, sendo esta a diferença entre os 890 mil euros a menos na fatura de energia e os 830 mil euros necessários ao pagamento à entidade bancária.

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“Hoje pagamos o que pagamos porque temos luminárias desligadas. Com a tecnologia ‘led’ podem estar todas ligadas a consumir muito menos e com muito mais eficiência energética”, sublinhou o autarca.

Carlos Monteiro definiu o projeto como uma “revolução” ao nível da iluminação pública, argumentando que o município tem vindo a trabalhar nesta solução há cerca de oito anos e lembrando que ele foi precedido de um projeto-piloto na freguesia ribeirinha de Vila Verde, orçado em cerca de 400 mil euros e já concluído.

“Sabemos exatamente o que é que queremos, a nível de equipamentos e de gestão do sistema. Vamos ter uma temperatura de cor de 2800k [um branco quente] que pode baixar um bocadinho, por exemplo, nas praças”, exemplificou.

“Vamos melhorar a iluminação e reduzir em 18.500 toneladas os gases de efeito de estufa”, adiantou.

O sistema a instalar permite controlar a intensidade da luz produzida e inclui diversos sensores que possibilitam, entre outros, “saber na hora quando uma luminária se funde e substituí-la”, controladores de tráfego ou suporte para comunicações 5G.

“Quando o sol se põe tem logo uma iluminação forte, que depois até pode reduzir de intensidade durante a noite quando não há ninguém na rua”, apontou.

A presidente da autarquia estima que o novo sistema possa estar em funcionamento nos primeiros meses de 2022. Após o visto do Tribunal de Contas, concurso público e adjudicação, serão “quatro ou cinco meses para substituir as 22.500 luminárias, estimamos cerca de cinco mil por mês”, frisou.

O projeto foi aprovado por maioria, com a abstenção do vereador do PSD, Ricardo Silva, que criticou a contratualização do empréstimo de 7,9 milhões de euros a poucos meses das eleições autárquicas.

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