Região

Figueira da Foz passa a risco elevado. Câmara espera impacto reduzido

Notícias de Coimbra | 3 anos atrás em 15-07-2021

A Figueira da Foz é um dos 16 novos concelhos em risco elevado de contágio pelo vírus que causa a covid-19, mas a autarquia espera, desta vez, um impacto mais reduzido na hotelaria e restauração.

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“Acredito que, quer em termos de hotelaria, quer em termos de restauração, o impacto não será tão grande como noutras circunstâncias. O nível elevado agora tem menos constrangimentos, porque quem tem o certificado digital de vacinação já pode ir aos restaurantes e quem fizer os testes e tiver teste negativo, também”, disse hoje aos jornalistas Carlos Monteiro, presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz.

Por outro lado, o autarca espera que “provavelmente na semana seguinte”, o município volte ao nível de risco moderado, já que os dados que têm sido disponibilizados diariamente pela autoridade de saúde local “mostram uma tendência decrescente de novos casos”.

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Na quarta-feira, o município litoral do distrito de Coimbra tinha 54 casos ativos de covid-19 – que correspondem a menos de 0,1% da população residente no concelho, estimada em cerca de 58 mil pessoas – a esmagadora maioria sem “casos graves” de infeção pelo Sars-Cov-2.

“Temos apenas uma pessoa em internamento no hospital da Figueira da Foz”, revelou o autarca.

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“O que também não queremos, em circunstância alguma, é que o sistema [de saúde] deixe de dar resposta. Mas queremos e mantemos o apelo a que as pessoas mantenham as normas [sanitárias], mantenham as regras, porque com os dados que temos, na próxima semana voltaremos à normalidade que tínhamos antes”, reafirmou Carlos Monteiro.

O nível de risco elevado aplica-se aos concelhos que registem, pela segunda avaliação consecutiva, uma taxa de incidência superior a 120 casos por 100.000 habitantes nos últimos 14 dias (ou superior a 240 se forem concelhos de baixa densidade populacional).

Além da limitação de circulação na via pública, diariamente, entre as 23:00 e as 05:00, as regras aplicáveis aos atuais 43 concelhos de risco elevado são o teletrabalho obrigatório quando as atividades o permitam e a possibilidade de funcionamento de restaurantes, cafés e pastelarias até às 22:30 (no interior com o máximo de seis pessoas por grupo e em esplanada com 10 pessoas por grupo).

Às sextas-feiras a partir das 19:00 e aos sábados, domingos e feriados durante todo o horário de funcionamento, o acesso a restaurantes para serviço de refeições no interior está permitido apenas aos portadores de certificado digital ou teste negativo.

Nos concelhos de risco elevado os espetáculos culturais decorrem até às 22:30, casamentos e batizados realizam-se com 50% da lotação, e há a possibilidade de funcionamento do comércio a retalho alimentar e não alimentar até às 21:00.

Este nível inclui também permissão de prática de todas as modalidades desportivas, sem público; permissão de prática de atividade física ao ar livre e em ginásios; eventos em exterior com diminuição de lotação, a definir pela Direção-Geral da Saúde (DGS); e Lojas de Cidadão com atendimento presencial por marcação.

Questionado sobre os eventos desportivos que se têm vindo a realizar, nomeadamente o rugby de praia, competição internacional que no início do mês levou centenas de atletas ao areal da praia de Buarcos, o autarca da Figueira da Foz respondeu não existir uma “correlação” entre aquela competição e o aumento do número de casos de infeção.

“Aquilo que nos dizem [as autoridades de saúde] é que algumas destas situações [de novos casos] são pessoas que vieram de Lisboa e Porto e estiveram em família. A maior parte dos contágios continua a ser em ambiente familiar, onde as pessoas estão mais à vontade”, frisou Carlos Monteiro.

No rugby de praia “estiveram 600 atletas, todos fizeram testes e todos tinham os testes negativos”, afiançou o autarca, sendo que “alguns” participantes fizeram dois testes.

“E 600 pessoas para o número de pessoas que nós recebemos nesta altura [de verão e época balnear] percentualmente não é nada”, notou.

“Na quarta-feira, reuniu o Conselho Municipal de Proteção Civil para perceber o que podíamos ou devíamos fazer e, na realidade, aquilo que o delegado de saúde nos vai dizendo é que não há nenhuma correlação [entre os eventos e o aumento dos contágios]”, acrescentou.

Carlos Monteiro reiterou a “aposta” que está a ser feita na vacinação na Figueira da Foz – estando a ser vacinadas “em média, mais de mil pessoas por dia” – e na manutenção dos cuidados sanitários individuais.

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