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Festival Linha de Fuga regressa a Coimbra na próxima sexta-feira

Notícias de Coimbra | 2 anos atrás em 10-09-2022
A terceira edição do Linha de Fuga – Laboratório e Festival Internacional de Artes Performativas, que decorre em Coimbra entre 16 de setembro e 9 de outubro, traz à cidade 41 artistas e pensadores de diferentes países. Em paralelo ao festival realiza-se um laboratório de criação, um espaço de experimentação, aprendizagem e partilha de conhecimento, onde 15 artistas estarão a desenvolver os seus projetos a partir do tema deste ano: as éticas do cuidado.
 
O festival abre com um fim de semana internacional. Vicente Arlandis (ES) mostra-nos o quão difícil é o trabalho no divertido espetáculo El Esfuerzo Constante de Ganarse la Vida (16 de setembro, 21h30, Oficina Municipal de Teatro ) e, no dia seguinte, Cristian Duarte (BR) propõe o significado de (não) olhar para trás com Ó – Um Dispositivo de Dança (17 de setembro, 18h30, Convento São Francisco), uma peça baseada no mito de Orfeu.
São três semanas de espetáculos de dança contemporânea, processos criativos, encontros, conversas em distintos locais e espaços da cidade, onde se propõe refletir sobre o significado das éticas do cuidado.
 
“Dinis Machado acorda-nos para outros corpos, outras sexualidades, outras possibilidades de pensarmos o (não) binarismo, com a sua peça L’Après Midi d’Une Faune, numa alusão clara ao escândalo da sexualidade de Nijinski em palco; Chrysa Parkinson, em Des/Orienting Front brinda-nos com a sua escuta colocando em evidência a linguagem como meio de atravessar confrontações”, refere a organização do Festival. Acrescenta também que “Marta Blanco retribui com amor e posturas políticas a sua visão da primeira edição de Linha de Fuga através do documentário Linha de Fuga – Ensaio Fílmico”, e ainda que Carlota Lagido ” leva os espetadores a Alfafar onde os convida para um jantar feminista com Mina, provocando a audiência ao contato com distintas mulheres, presentes e ausentes na história e na vida; Gustavo Ciríaco e Andrea Sonnberger transportam-nos com cuidado por um passeio coletivo pela cidade, no percurso Aqui Enquanto Caminhamos permitindo-nos ver e ouvir o que nunca tivemos cuidado de olhar”.
 
“O festival termina com duas odes à dança, David Marques que Dança sem Vergonha, convidando-nos a entrar na sua intimidade e no prazer de dançar e Frédéric Gies que afirma que Goods Girls Go to Heaven, Bad Girls Go Everywhere num espetáculo que é uma jornada contagiante onde a festa, o ecstasy e a memória nos desafiam a perdermo-nos ou encontrarmo-nos, no coletivo”, refere o Linha de Fuga.

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A estes nomes juntam-se 15 artistas integrantes do laboratório que foram selecionados entre mais de 100 candidaturas de uma convocatória internacional. Vêm da Bolívia, Brasil, Colômbia, Espanha, França, Portugal, Roménia – através de propostas artísticas que vão desenvolver em Coimbra, nas áreas da dança, dramaturgia, performance, teatro, artes plásticas.

Mas também haverá pensamento em ação, um seminário sobre Éticas do Cuidado conduzido pelo filósofo e teatrólogo João Maria André, Conversas Inquietas que acontecem semanalmente na Rádio Baixa sobre o lema Pode o Cuidado ser Subversivo?, uma curadoria conjunta entre a Faculdade Popular Empenho e Arte do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra e do jovem coletivo ativista Mundus. E mais um lançamento do Jornal Coreia, que se acompanha por uma performance provocadora. Pela primeira vez promovemos uma atividade para público jovem, o workshop Crítica de Fuga Junior dirigido por Alexandre Valinho Gigas que se entrega à reflexão e escrita sobre (obras de) arte.

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Os bilhetes para assistir aos eventos do Festival têm o valor único de 5€.

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