Coimbra

Festival Linha de Fuga em Coimbra quer repensar a democracia

Notícias de Coimbra | 4 anos atrás em 03-02-2020

A segunda edição do festival e laboratório internacional Linha de Fuga vai decorrer de 29 de maio a 21 de junho, em Coimbra, desafiando desta vez participantes e artistas convidados a repensar a democracia.

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O Linha de Fuga, que teve a sua primeira edição em 2018, abriu hoje a convocatória (disponível até 01 de março) para um grupo de 18 criadores (nove nacionais e nove estrangeiros) participarem no laboratório de artes performativas do evento, que vai contar com artistas convidados.

“Alain Michard, Alex Cassal & Má Criação, Jonathan Uliel Saldanha, Paloma Calle & Massimiliano Casu, Panaíbra Gabriel, Tânia Carvalho e Vera Mantero são os artistas da segunda edição que, paralelamente à programação do festival, vão dirigir seminários e ‘workshops’ do laboratório”, anunciou hoje a organização, em nota de imprensa enviada à agência Lusa.

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Na convocatória, há uma quota para criadores da região de Coimbra, disse à Lusa a curadora do Linha de Fuga, Catarina Saraiva.

Durante o laboratório, os artistas convidados vão trazer práticas de criação distintas, integrando os próprios participantes no processo, explicou, salientando que alguns dos ‘workshops’ estarão abertos à população de Coimbra.

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Para esta edição, o Linha de Fuga terá como tema a democracia, pensando na “importância do anonimato para a construção da democracia”, sendo que todos os artistas convidados tocarão nesse tema, seja de forma mais direta ou mais poética, afirmou Catarina Saraiva.

“Queremos que os participantes tragam também reflexões sobre o que cada um de nós pode trazer à construção de um espaço que deve servir todos”, frisou, considerando que, num momento em que se assiste ao crescimento do populismo e de movimentos de extrema-direita, é necessário refletir sobre o atual sistema político.

As artes performativas “têm muito essa capacidade de discutir questões políticas, porque o teatro é um espaço de ágora, de discussão. Seria importante falar, a partir de diferentes perspetivas, sobre a construção da democracia”, vincou.

No Linha de Fuga, os artistas convidados, para além de dirigirem ‘workshops’ e seminários, irão apresentar obras durante o festival.

Também os participantes podem optar por apresentar durante o festival as criações desenvolvidas durante o evento.

O Linha de Fuga conta com o apoio do Teatrão, Jazz ao Centro, Casa das Artes, Teatro Académico Gil Vicente, Círculo de Artes Plásticas de Coimbra, Centro de Estudos Sociais e Câmara Municipal de Coimbra.

O laboratório vai decorrer de 29 de maio a 21 de junho e o festival em si entre 05 e 21 de junho, contando ainda com uma apresentação de uma peça a 26 de junho.

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