Coimbra

Feira do Livro de Coimbra volta em julho na Praça do Comércio

Notícias de Coimbra com Lusa | 2 anos atrás em 02-05-2022

A Feira do Livro de Coimbra vai decorrer de 01 a 10 de julho na Praça do Comércio, afirmou hoje o presidente da Câmara, mostrando vontade de tornar “definitiva” a deslocação do evento para a Baixa.

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“A Feira do Livro [normalmente designada de Feira Cultural] vai realizar-se de 01 a 10 de julho na Praça do Comércio, inserida nas Festas da Cidade”, anunciou José Manuel Silva, durante a reunião do executivo que decorreu hoje.

A mudança de local é justificada pelas obras que decorrem no Parque Manuel Braga (onde se realizava a Feira Cultural), mas o autarca assumiu a vontade de tornar “definitiva” a deslocação do evento para aquele espaço.

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“É uma praça emblemática que merece a nossa visita e investimento, porque tem condições ímpares para a realização destes eventos”, disse José Manuel Silva, salientando que, neste ano, haverá uma separação das componentes da Feira Cultural “em feiras temáticas”.

Nesse sentido, “haverá também uma Feira de Artesanato, uma Feira Gastronómico e não como antes, em que se tinha um poucochinho de cada uma”, explicou.

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Numa reunião em que foram discutidos vários apoios pontuais a agentes culturais de Coimbra, o debate, nomeadamente entre o presidente da Câmara, da coligação Juntos Somos Coimbra, e a oposição socialista, intensificou-se num ponto que dizia respeito à atribuição de 25 mil euros à associação CulturXis, para a realização da sétima edição do Ciclo de Concertos de Coimbra.

A vereadora do PS Carina Gomes (que no anterior executivo tinha a pasta da cultura) notou que, ao contrário de todos os outros processos que tinham ido a votação, aquela proposta do executivo violava o regulamento cultural.

No documento, é referido que a proposta de apoio segue o cumprimento de orientações do presidente da Câmara, não estando presente qualquer avaliação do evento, como é norma segundo o regulamento, e é notado que a CulturXis não entregou a documentação exigida para o cumprimento das normas de controlo interno.

A CulturXis, cujo presidente da direção, Tiago Nunes, integrou a lista de apoiantes da coligação Juntos Somos Coimbra, tinha recebido 7.500 euros em 2020 e 10 mil euros em 2021.

Carina Gomes salientou que o PS quer “muito apoiar esta associação”, mas pediu que o processo fosse retirado e fosse feito “um processo em condições”, que siga o regulamento para as entidades culturais.

“O único critério subjacente aqui é a vontade do presidente de submeter metade do apoio – 25 mil euros – do que é concedido pela Direção-Geral das Artes (DGArtes)”, constatou.

José Manuel Silva começou por afirmar que a proposta “é completamente legal” e que a decisão de avançar com o apoio foi por não concordar com o parecer de um funcionário dos serviços, que sugeria a reprovação da candidatura da CulturXis.

“Não é um funcionário desta casa que vai contrariar o parecer da DGArtes. Este é um projeto de qualidade”, frisou.

O vereador eleito pela CDU, Francisco Queirós, realçou que não há dúvida da importância do evento, mas que se trata de “uma questão de equidade”.

Questionado sobre o critério de atribuir metade do apoio da DGArtes, que não estará definido em nenhum ponto do regulamento, José Manuel Silva afirmou que considera que, “quando a DGArtes atribui um apoio, a Câmara tem a obrigação de apoiar pelo menos metade desse valor na concretização de um projeto”.

Lamentando as questões colocadas pelos vereadores, José Manuel Silva acabou por retirar o processo da votação, “em defesa do bom nome da CulturXis”.

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