Fátima Ramos volta a exigir Maternidade em Coimbra
Fátima Ramos, hoje, voltou a questionar o Ministro da Saúde sobre a data de inicio das obras da nova Maternidade de Coimbra na Comissão de Saúde da Assembleia da República.
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O Ministro elogiou a deputada pela intervenção, tendo informado que anunciaria a construção da mesma, na próxima deslocação a Coimbra que ocorrerá ainda esta semana. De acordo com o Ministro está escolhida a localização, a qual será no perímetro do CHUC.
A deputada começou por referir que “na segunda-feira, visitámos a Maternidade Bissaya Barreto, onde sentimos os dirigentes e membros do corpo clinico desgastados e desiludidos. Era notório nos profissionais o receio das consequências da falta de recursos na assistência às gravidas, mães e crianças”.
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Para Fátima Ramos, “o facto de as mulheres terem os filhos cada vez mais tarde, tem como consequência um maior risco, que exige a proximidade destes serviços às urgências”.
“A existência de duas maternidades gera ineficiências que urge resolver. Segundo o Presidente do CHUC, em reunião ocorrida nas Instalações do Hospital, o Prazo de recuperação do investimento será de apenas 3 anos e meio. O que significa que a maternidade se paga a si própria”, referiu Fátima Ramos.
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Fátima Ramos fez questão de recordar que “o Sr. Ministro prometeu a Maternidade em dezembro de 2016. Posteriormente, a promessa foi reforçada por Manuel Machado e por despacho do Secretário de Estado, em março de 2017, foi criado um grupo de trabalho que deveria apresentar uma solução até abril de 2017”.
A deputada eleita pelo PSD, recordando que o Ministro referiu que o processo aguardava decisão das entidades regionais, questionou “Quem está a entravar o processo? O presidente do CHUC? O Presidente da câmara? Uma certeza. Não são os profissionais. Esses estão preocupados. Preocupados com as condições ao nível dos recursos humanos e físicos. Estão preocupados com as mães e com as crianças”.
“Sr. Ministro, sabe o que temo? Que este jogo de empurra sejam desculpas para não avançar. Que estejamos perante uma manobra consertada entre os dirigentes socialistas no terreno e o governo, para desculpabilizar a falta de cumprimento da promessa do governo. Esta desconfiança ainda ganha mais sustentabilidade, quando analisamos o Programa de Estabilidade 2018-2022 apresentado pelo governo e verificamos que a nova maternidade de Coimbra não consta da listagem dos investimentos previstos”, afirmou Fátima Ramos.
A decisão sobre a Construção da Nova Maternidade foi reforçada no debate de hoje com o Primeiro Ministro. Na sequência de pergunta sobre o assunto, formulada pelo líder de bancada do PSD, Fernando Negrão, o Primeiro Ministro respondeu que a obra será anunciada amanhã pelo Ministro da Saúde.
Perante a informação dada por António Costa, Fátima Ramos afirma à imprensa que “os deputados do PSD não vão sossegar sem que haja uma solução real para o problema. Vamos esperar que desta vez seja cumprido e que não se trate apenas de mais um anuncio”.
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