Fátima Ramos fura disciplina partidária pelo Ramal da Lousã

Notícias de Coimbra | 7 anos atrás em 19-07-2017

Os deputados aprovaram hoje parcialmente o projeto de resolução do BE para um programa de investimentos na rede ferroviária de proximidade, ficando chumbados projectos como os do Ramal da Lousã.

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fátima ramos

O projeto de resolução do BE, datado de 23 de janeiro, propõe que a Assembleia da República recomende ao Governo a aprovação de um Programa de Investimentos em Redes Ferroviárias de Proximidade (PIRFP), que possa ser abrangido pela reprogramação do Portugal 2020/Ferrovia 2020, e de um Programa de Reabilitação de Meios de Transporte (PRMT).

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A iniciativa do BE foi votada de forma desagregada, tendo sido chumbado o projetos de investimento relativo à construção da primeira fase do Metropolitano de Superfície Serpins-Lousã-Coimbra.

Fátima Ramos, Deputada do PSD e candidata à Presidência da Câmara de Miranda do Corvo, furou a disciplina de voto imposta do PSD e votou a favor do Projeto de Resolução nº 625 / XIII apresentada pelo Bloco de Esquerda no que dizia respeito ao Ramal da Lousã.

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A proposta contou com o voto contra do Partido Socialista. O PSD absteve-se por considerar que, na generalidade, a proposta era demasiado centralista.

Fátima Ramos votou a favor por entender que é “Deputada com absoluto sentido de representação das pessoas que represento. Garanti às pessoas da minha região, nomeadamente às pessoas de Miranda do Corvo, Coimbra e Lousã, que sempre que estivesse em causa a defesa do investimento neste ramal eu estaria a favor”.

“Foi a promessa que fiz às pessoas e a defesa do meu território que me faz assumir esta posição”, declarou Fátima Ramos.

A Deputada não deixou de criticar o Projeto de Resolução na generalidade , considerando tratar-se de “um Projeto de Resolução demagógico e centralista. O Grupo Parlamentar do BE não define prioridades e trata igual o que é diferente. O objetivo de incluir na reprogramação do Portugal 2020 investimentos em Lisboa, prejudicando todo o resto do País, especialmente as zonas do interior, merece o meu repúdio”.

Relativamente à linha da Lousã e ao sistema de Mobilidade do Mondego, Fátima Ramos acusou o BE de os “brincar aos Projetos de resolução, numa clara tentativa de obter ganhos eleitorais”.

“O atual Governo, suportado pelo BE, inclui vários Ministros, nomeadamente o atual Ministro do Planeamento e das Infraestruturas, que integravam o governo do PS que destruiu a Linha da Lousã através da falsa promessa de que ai vinha um novo Sistema de Transporte”, afirmou Fátima Ramos.

Por outro lado, a deputada relembrou na sua declaração de voto que “o Governo existe porque os Senhores Deputados o viabilizam. Bastaria a vossa exigência aquando da aprovação do orçamento, para o assunto estar resolvido. Neste tempo, apenas têm feito teatro neste plenário através da apresentação de sucessivos Projetos de Resolução onde fingem estar ao lado das pessoas”.

Fátima Ramos, na última  sexta-feira, na apresentação da sua candidatura à Presidência da Câmara de Miranda do Corvo tinha afirmado ser “uma lutadora” que se iria “Bater pelo Ramal da Lousã fossem quais fossem as circunstâncias”.

Também foi rejeitado o ponto relativo ao projeto de investimento destinado à reposição do serviço ferroviário do Metro de Mirandela no troço não submerso da Linha Ferroviária do Tua, Brunheda-Cachão-Mirandela-Carvalhais e à reclassificação da Linha como parte integrante da Rede Ferroviária Nacional, ao Metro do Porto (construção das extensões da rede à Trofa, Stº Ovídio-Vila d’Este e Gondomar/Valbom), ao Metropolitano de Lisboa (construção da extensão até à zona ocidental da cidade), 

Já os pontos relacionados com a requalificação da Linha de Cascais, a nova linha de Elétricos Rápidos de Superfície entre Terreiro do Paço e Gare do Oriente, a reposição da linha de Elétricos Históricos a ligar o Cais do Sodré a Campolide e ao alargamento do Metro do Sul do Tejo até à Costa da Caparica foram aprovados.

A iniciativa do BE inclui ainda um ponto relativo ao PRMT, que foi aprovado, e que determina que “no mais curto prazo de tempo possível” se proceda à recuperação e à reabilitação dos níveis de oferta de serviço público de transporte pré-existentes ao Governo da ‘troika’ e assegurar a mobilização e a adequada gestão dos recursos financeiros indispensáveis à realização dos investimentos de substituição e de expansão nos modos ferroviários, rodoviários e fluviais.

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