Coimbra

Faltou comida para as crianças do Jardim de Infância dos Olivais

Notícias de Coimbra | 3 anos atrás em 23-10-2021

Pela segunda vez, num espaço de 15 dias, as crianças do Jardim de Infância (JI) dos Olivais, em Coimbra, ficaram a olhar para o prato à hora de almoço. Pais e educadores queixam-se que a ICA, responsável pelo fornecimento de refeições em estabelecimentos escolares do município, não serve as quantidades adequadas. A empresa refuta, mas a Câmara de Coimbra já pediu explicações. 

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“Pela segunda vez este mês faltou comida na sala dos nossos meninos. Hoje faltou sopa e a quantidade de comida era ridícula (dois douradinhos para cada criança)”, denuncia um email a que o Notícias de Coimbra (NDC) teve acesso e que foi enviado aos pais e encarregados de educação por uma educadora do estabelecimento.

A responsável considera que “a situação é inadmissível” e apela aos pais que contactem os serviços da Câmara Municipal de Coimbra.

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“Das duas vezes só resolveram a situação porque ameaçámos que os pais iriam saber do sucedido”, refere a educadora.

Chegou entretanto aos serviços do município uma denúncia, via email, dos pais das crianças a dar conta do incidente que, segundo dizem, se repetiu no espaço de quinze dias.

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“O Município de Coimbra repudia veemente esta situação”, disse fonte da autarquia contactada pelo NDC. Confirmando que tinha faltado comida por duas vezes às crianças, que tiveram de aguardar cerca de 30 minutos até que a refeição fosse reposta, a responsável, que integra o novo executivo, revelou que “já pediu o caderno de encargos e o contrato estabelecido com a empresa ICA”. “Esta situação não se pode repetir”, sustentou ainda.

Contactado pelo NDC, Carlos Damas, Diretor da Qualidade e Ambiente da ICA – Indústria e Comércio Alimentar, S.A. reconhece que “o fornecimento de refeições obedece a um conjunto de pressupostos de índole técnico e operacional que, por terem diferentes variáveis envolvidas, no que diz respeito às quantidades servidas, pode levar à ocorrência de falhas”. No entanto, refere que a empresa “estabeleceu o reforço de quantidades em mais 20% do previsto, para que algumas crianças que assim o desejem, possam solicitar que lhes seja servida mais quantidade”.

“Estas quantidades são, em determinados pratos (os que as crianças menos gostam), excessivas e, noutros pratos (os que as crianças mais gostam) ajustadas e, em determinados dias e em determinados locais, escassas para o desejo de satisfação de alguma criança”, afirma Carlos Damas.

O que a empresa argumenta é que por questões logísticas as crianças por vezes podem ter de esperar pela refeição. “Este difícil equilíbrio, evitando o indesejável desperdício alimentar, tema atual no controlo da sustentabilidade do planeta, leva a que, em algumas escolas, possa haver a necessidade de um reforço da refeição que, por ser fornecido a partir da cozinha onde foi confecionada a refeição, leva a algum tempo de espera por parte de algumas crianças”, esclarece.

A empresa aponta ainda como causa para episódios como os que aconteceram no JI dos Olivais a eventualidade de existir “erro de má interpretação das indicações por parte de algum trabalhador”.

“A ICA nunca permitirá que, alguém, sobretudo criança, em nenhuma circunstância, dentro da oferta disponível, argumente ter ficado com fome porque foi recusado alimento”, assegura ainda Carlos Damas.

 

 

 

 

 

 

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