“É falso que as condições ambientais de Souselas tenham melhorado com a coincineração de resíduos”
“É falso que as condições ambientais de Souselas tenham melhorado com a coincineração de resíduos”, garante Castanheira Barros, reagindo a uma notícia onde se pode ler que “Condições ambientais melhoraram em Souselas dez anos depois da coincineração de resíduos“.
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Na referida notícia eram ouvidos protagonistas da luta contra a queima de resíduos industriais perigosos. João Gabriel Silva, João Pardal e Massano Cardoso, bem como responsáveis fabris, opinaram sobre as “melhorias ambientais registadas”.
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O advogado que tem lutado contra a poderosa Cimpor garante que o “único fator de melhoria ambiental é o que resulta da diminuição da emissão de substâncias sólidas para a atmosfera em consequência da instalação em 2002 de filtros de mangas, o que fez com que as telhas dos telhados de Souselas deixassem de ser de cor branco .”
Acontece porém que o problema principal resultante da coincineração de resíduos perigosos radica na emissão para a atmosfera de dioxinas, furanos e outros Poluentes Orgânicos Persistentes que são substâncias voláteis cancerígenas que não são retidas pelos filtros de mangas, frisa Castanheira Barros, que lidera o grupo de cidadãos que nunca se calou contra a coincineração.
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Acresce que a queima de resíduos perigosos em Souselas se vem fazendo sem qualquer estudo epidemiológico à população local e sem Avaliação de Impacte Ambiental, porque a mesma foi dispensada pelo Ministro do Ambiente Nunes Correia , durante o 1º Governo de José Sócrates , dispensa essa que foi considerada ilegal pelo Tribunal Central Administrativo , mas que teve o aval do Supremo Tribunal Administrativo por ter considerado tratar-se de uma decisão política, acusa Castanheira Barros.
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