Coimbra

Estudo avalia o impacto das trotinetes elétricas em Coimbra (Com Vídeo)

Notícias de Coimbra | 2 anos atrás em 04-03-2022

O impacto das trotinetes elétricas no espaço público da cidade de Coimbra foi o tema escolhido pelos alunos da Universidade de Coimbra, Francisco Cunha e Carolina Higino, para um estudo realizado no âmbito de uma unidade curricular do mestrado em Geografia Humana, Planeamento e Territórios Saudáveis.

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Segundo o aluno, de 24 anos, esta é uma temática “que tem gerado alguma controvérsia de opiniões”, acrescentando que o estudo “abordou o impacto dos veículos partilhados na mobilidade urbana e novos meios de mobilidade suave, na cidade dos estudantes”.

Para Francisco Cunha ” a mobilidade urbana, assim como a micromobilidade, têm vindo a assumir um papel cada vez mais preponderante nos meios urbanos, nomeadamente, no caso de Coimbra, onde a mobilidade suave tem vindo a ganhar lugar, neste caso através da ação das trotinetes elétricas”, frisa o estudante, acrescentando que é “uma importante alternativa, ou mesmo  uma solução para as cidades serem mais sustentáveis, coesas, e possuírem uma maior oferta no seu serviço de transportes”.

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O  trabalho de investigação começou em outubro e decorreu até janeiro, com dois inquéritos: um  direcionado aos residentes ou frequentadores, e um outro direcionado aos utilizadores deste tipo de meio de transporte.  A amostra foi de 146 inquéritos, realizados exclusivamente na cidade conimbricense.

Dos resultados do inquérito, “a principal conclusão que podemos evidenciar desde já, e de grosso modo, é que, os inquiridos se encontram divididos quanto à inclusão deste meio de transporte em Coimbra. Apesar da maioria  considerar este meio de transporte pertinente ou muito pertinente para uma cidade, quando são confrontados, se são efetivamente a favor ou contra as trotinetes, as opiniões são diversas”, esclarece.

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No entanto o aluno do mestrado em Geografia Humana, Planeamento e Territórios Saudáveis refere “a maioria dos inquiridos são a favor deste meio de transporte, se a legislação das trotinetes elétricas for revista, e adequada.  Nomeadamente com a imposição de algumas regras, normas adequadas ao uso, obrigatoriedade do uso de capacete, entre outras”.

O jovem realça que “a maioria considera pertinente ou muito pertinente a inclusão deste meio de transporte numa cidade, mas cerca de 65% acha este meio de transporte inseguro, arriscado, tanto na opinião da parte dos utilizadores do espaço público, como da parte dos os condutores de veículo próprio”.

Em relação aos aspetos negativos da presença e uso de trotinetes elétricas na cidade, Francisco Cunha frisa “os inúmeros aspetos e constrangimentos anotados ao uso destes veículos, como:  obstrução das vias pedonais e das vias rodoviárias, invasão do espaço público e estacionamento inadequado.

No entanto o aluno da Universidade de Coimbra sustenta que “o tema da mobilidade e dos transportes já ocupa o seu lugar no nosso dia a dia, do mesmo modo que, consta na agenda dos grandes decisores políticos, vindo a ganhar particular relevância a este nível”.

Acrescentando que “as trotinetes elétricas fazem  parte dos meios de transporte suaves que têm vindo a emergir em diversas cidades do país,  intensificando-se  quando falamos nos grandes centros urbanos, embora seja um assunto cada vez mais transversal a todas as áreas e territórios. A micromobilidade e os modos suaves são ambos conceitos novos no nosso dicionário, todavia representam diferentes ações, conclui.

Ao NDC Francisco Cunha referiu que “está a ser redigido um artigo mais completo como fim deste trabalho – Micromobilidade em Coimbra: Estudo de perceção dos cidadãos sobre o impacte dos sistemas de transporte partilhado no espaço público da cidade”.

Veja o vídeo do Direto NDC:

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