Coimbra

Estacionamento abusivo deve-se a “falta de civismo e de policiamento” (com vídeo)

Notícias de Coimbra | 2 anos atrás em 06-10-2022

O caos verificado a nível do estacionamento na zona da Solum, mais precisamente entre o Gira Solum e a Rua D. João III, em Coimbra, preocupa e dificulta o dia-a-dia a muitos moradores.

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O arquiteto Eduardo Mota explicou, ao Notícias de Coimbra, que os condicionalismos provocados pelo estacionamento abusivo “são enormes” e que têm vindo a piorar, desde que mora na zona, há três anos.

“Há noites em que chegam a estar 10 motas em cima do passeio, em frente ao Gira Solum”, refere, denunciando também o barulho que fazem em horas tardias.

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Para além disso, frisa que não há respeito pelas normas, sendo frequente estacionarem os carros “nas zonas destinadas a cargas e descargas, nos lugares para deficientes e, mesmo, a tapar garagens”. Também é “normal” pararem as viaturas “em frente aos acessos aos prédios e de rampas” para pessoas portadoras de deficiência. “Temos vizinhos com 90 anos e moradores que andam de cadeira de rodas. Há pessoas que não conseguem sair de casa porque têm um carro à porta”, alerta.

Na rua, o cenário não muda muito. Há áreas pedonais que não são respeitadas, onde “há carros que até entram contra a mão para estacionar” e que “buzinam a quem por lá anda a pé”, refere.

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Eduardo Mota diz que tem dias em que até sente “saudades do confinamento” e sublinha que o que é “mais revoltante é o incumprimento e a falta de civismo de quem utiliza o automóvel e se vai apropriar de uma área verde”, apelando a que haja mais policiamento para corrigir as infrações que “estão à vista de todos”.

Teme que o que já acontece atualmente se vá agravar com o facto de, devido às obras do Metrobus, irem transformar em espaço de estacionamento o parque verde existente naquela rua, junto ao Jardim Escola João de Deus.

Lamenta que “a reboque da passagem do canal dedicado ao Metro Mondego”, a Câmara Municipal de Coimbra se prepare para “eliminar boa parte do espaço relvado e arborizado existente entre a rua D. João III, no flanco nascente do Estádio Cidade de Coimbra – onde o trânsito é, ou antes, deveria ser, condicionado – e o parque de estacionamento em frente ao centro comercial Gira Solum”.

Lembra que isso vai suceder “num bairro já castigado pelo trânsito nas horas de ponta, junto com a consequente – e por vezes intolerável – poluição atmosférica e acústica”.

Para Eduardo Mota, o estacionamento automóvel não pode ser feito à custa dos espaços verdes pedonais e apela ao incentivo da utilização do transporte público ou de outros meios de transporte mais sustentáveis, como a bicicleta.

Veja também o artigo de opinião A tirania do automóvel e o absurdo da gestão urbana na Solum 

Veja o vídeo do direto NDC:

 

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