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Notícias de Coimbra | 10 anos atrás em 04-06-2014

Investigadores da Universidade de Coimbra (UC) estão a desenvolver um sistema inovador de previsão de cheias urbanas, sem recurso a radares meteorológicos e adotando uma técnica “financeiramente vantajosa”.

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Especialistas do Departamento de Engenharia Civil da UC estão a desenvolver “um sistema inovador de previsão de cheias urbanas que propõe a utilização de redes de udómetros” (sensores de precipitação), em substituição de radares meteorológicos, anunciou hoje aquela instituição.

“A previsão de ocorrência de cheias e inundações na malha urbana é um processo de extrema complexidade e os equipamentos disponíveis no mercado” – radares meteorológicos – “são caros”, sublinha a UC, numa nota hoje divulgada.

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Para tornar possível a aplicação daquela técnica, “financeiramente vantajosa”, foram criados “modelos matemáticos de previsão e melhorados modelos computacionais de simulação hidráulica”, adianta a mesma nota.

Com os testes preliminares já efetuados, “o sistema consegue identificar as zonas onde a precipitação irá causar inundação, com uma antecipação de 30 a 45 minutos, permitindo desencadear medidas rápidas e simples, como a colocação de sacos de areia, que impeçam a passagem da água por forma a evitar danos”, sustenta Nuno Cruz Simões, autor da pesquisa, salientando que este tipo de cheias acontece muito rapidamente e, “por isso, o tempo é crítico”.

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A investigação de Nuno Cruz Simões foi desenvolvida no âmbito da sua tese de doutoramento, defendida no Imperial College London, no Reino Unido, em colaboração com o grupo do professor Alfeu Sá Marques, do Departamento de Engenharia Civil da UC.

Enquanto, por exemplo, nas cheias fluviais “é possível efetuar previsões com bastante antecipação, o mesmo não acontece nas cheias urbanas, porque são áreas pequenas e por isso o fenómeno é muito mais repentino”, sublinha o investigador.

No futuro, “este sistema poderá ser totalmente automático”: a rede de udómetros “recolhe a informação e envia para um computador central, que processa os dados recolhidos e, de imediato, emite alertas” para os bombeiros e para a proteção civil, refere Nuno Cruz Simões, que também é docente da Faculdade de Ciências e Tecnologia da UC.

A investigação foi galardoada com o Prémio da Associação Portuguesa de Recursos Hídricos (biénio 2012-2013), “um dos mais importantes prémios nacionais da área de hidráulica e recursos hídricos”, que, de dois em dois anos, distingue trabalhos de investigação originais, nomeadamente dissertações de mestrado ou teses de doutoramento.

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