Profissionais de Coimbra na Grécia para apoiar crianças e adolescentes refugiados

Notícias de Coimbra | 6 anos atrás em 31-01-2018

 

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Uma professora da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) e uma enfermeira a frequentar mestrado na instituição vão estar, durante o mês de fevereiro, no campo de refugiados de Kara Tepe, na ilha de Lesbos (Grécia), onde estimam prestar apoio a 80 crianças em idade escolar e, eventualmente, a dois grupos de jovens adolescentes, ao nível da promoção da saúde mental e da educação não formal.

Ana Paula Monteiro e Luisa Santos

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Nesta missão, a professora Ana Paula Monteiro – investigadora responsável pelo projeto ancorado na Unidade de Investigação em Ciências da Saúde: Enfermagem (UICISA: E), Beyond Borders: Promoting Refugee Children Mental Health – A Mental Health Nursing Project in a Refugee Camp – e a enfermeira Luísa Santos – que estará em ensino clínico no âmbito do mestrado em Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiatria que frequenta na ESEnfC – contam com a inestimável colaboração da Plataforma de Apoio aos Refugiados (PAR), que acolheu esta incumbência, sendo, ainda, aguardado o apoio de algumas empresas de Coimbra.

As representantes da ESEnfC (NA FOTO EM ANEXO) estarão integradas numa equipa de voluntários da PAR, com o estatuto de voluntárias desta plataforma de organizações da sociedade civil portuguesa e sob a sua tutela. A PAR assegura o alojamento e todo o apoio logístico no terreno. As duas enfermeiras vão trabalhar com as crianças tendo por base um contentor sem aquecimento, numa altura em que as condições no terreno são particularmente difíceis: é inverno e faz muito frio.

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Ana Paula Monteiro, enfermeira, mestre em Sociologia e doutorada em Ciências Biomédicas, explica que «o campo de Kara Tepe, junto da fronteira com a Turquia, acolhe os refugiados mais vulneráveis, incluindo mulheres que viajam sozinhas com crianças, crianças não acompanhadas, idosos e algumas pessoas com deficiência».

De acordo com a docente da ESEnfC, «crianças e famílias estão num “limbo”, entre uma guerra devastadora e experiências traumáticas e a espera de poderem recomeçar as suas vidas com cidadania plena dentro da Europa». Porém, prossegue a investigadora, «muitas fronteiras estão fechadas e o processo de reunificação familiar e de colocação de refugiados é muito lento».

Para Ana Paula Monteiro e Luísa Santos, «o lema da PAR nesta missão, “Cuidar da Espera”, tem todo o sentido na área de Enfermagem de Saúde Mental».

«São crianças em contextos de extrema vulnerabilidade, que estão, literalmente, à espera do seu futuro. Esperamos, com muita humildade, ser capazes de compreender e acolher esta realidade», afirmam as duas enfermeiras, que com elas levam presentes para as crianças em Kara Tepe: brinquedos de peluche que, ao longo de duas semanas, foram recolhidos na ESEnfC.

O projeto Beyond Borders: Promoting Refugee Children Mental Health – A Mental Health Nursing Project in a Refugee Camp integra uma equipa e vários consultores (investigadores, psicólogos, enfermeiros especialistas em Saúde Mental e especialistas em Psiquiatria), contando também com a colaboração de mais duas professoras da ESEnfC, Paula Camarneiro e Ana Perdigão.

 

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