Região

Escola Profissional de Oliveira do Hospital, Tábua e Arganil com ciclo de conferências sobre educação e inclusão

Notícias de Coimbra | 3 anos atrás em 06-05-2021

A EPTOLIVA – Escola Profissional de Oliveira do Hospital, Tábua e Arganil, retoma o Ciclo de Conferências EPTO FUTUROS, este ano com a designação 30.30, dedicado à preparação da década de 30 e ao ano histórico da celebração dos 30 anos de vida da escola profissional, “que se espera de futuro, de mudança e de um novo paradigma educativo”, como augura Daniel Dinis Costa, presidente da EPTOLIVA e anfitrião destas conferências virtuais. 

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Para o Presidente da EPTOLIVA, “a inclusão é a essência do sistema educativo para criar melhores futuros” e foi neste compromisso de “uma escola de todos e para todos”, que o tema “Inclusão e Educação, Melhores Futuros”, inaugurou o EPTO FUTUROS 2021, na videoconferência que acolheu a participação de Ana Sofia Antunes, Secretária de Estado da Inclusão das Pessoas com Deficiência. 

Este encontro online, moderado por Ana Rita Gonçalves, docente de Educação Especial na EPTOLIVA e, acompanhado de tradução por duas intérpretes da Associação de Tradutores e Intérpretes de Língua Gestual Portuguesa, permitiu falar de Inclusão e Educação, dois princípios indissociáveis de uma escola promotora do sucesso e acesso a oportunidades iguais, e aos quais, qualquer sistema de ensino só será verdadeiramente de qualidade, quando a certeza de “ninguém ter sido deixado para trás” for conseguida. 

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“Não há Educação sem Inclusão”, afirmou José Francisco Rolo que, na qualidade de Presidente da Assembleia de Promotores desta escola, reconheceu na EPTOLIVA um exemplo que representa a educação através da inclusão, na sua missão de educar e formar ao longo da vida, oferecendo à sua comunidade educativa várias e diferentes oportunidades para o sucesso pessoal e profissional. “O que se pede a uma escola bem organizada é que acompanhe os alunos e as suas famílias, como o tem feito, de forma exímia, a EPTOLIVA, através das suas atividades, dinâmicas, estratégias e recursos”. 

“Num país pequeno, mas tão diverso, devemos perceber que as diferenças só nos enriquecem, em particular no universo escolar. Para isso, é fundamental entender a diferença não como um problema mas como uma propriedade, buscando o melhor de cada um e retirando daí uma aprendizagem importante. E é isso que uma escola inteligente faz! Nunca se resignar! Não menos que o melhor para cada aluno, tendo inerente a máxima que cada aprendizagem se faz com os outros”. 

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Este foi o desafio trazido por Ariana Cosme, que felicitou a EPTOLIVA por saber colocar, verdadeiramente, em prática o DL n.º 54/2018, reconhecendo-a como “uma escola sensível à diferença, com inteligência coletiva para dar “asas” aos seus alunos e incentivá-los a “voar”.

Também Daniela Ferreira corroborou desta opinião, fazendo referência ao trabalho da EPTOLIVA, que já começou a trilhar este caminho da inclusão. Para esta investigadora, “a aprendizagem é uma realidade intrínseca ao ser humano”, e “aprender na e com a comunidade é importante para o fortalecimento do sentido de pertença, que começa, muitas vezes, na escola”. 

A importância desta temática para a consciencialização do papel de cada um enquanto agente educativo e participante numa comunidade, foi salientado por Graça Silva, relembrando que “cuidar dos alunos face à diferença é um trabalho difícil e exigente, mas a preocupação dos agentes educativos deve ser, acima de tudo, identificar as necessidades dos alunos e minimizar as diferenças dentro de uma escola, indo ao encontro dos sonhos de todos eles”. Realçando o papel do Município enquanto agente educativo, a Vereadora da Educação recordou os projetos “Escola + Feliz” e “Ensinar a Voar” como exemplos de medidas pedagógicas diferenciadoras, pensadas, essencialmente, para apoiar todos os alunos nas escolas do concelho. 

Protagonista de uma nova era na política portuguesa onde os conceitos de integração e inclusão são compromissos e têm um espaço decisivo no Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Sofia Antunes, relembra que “a integração e a inclusão não são sinónimos e sim complementares na equidade educativa”, defendendo que, o grande desafio da inclusão nas escolas está na formação de equipas educativas multidisciplinares no terreno.

“É fundamental um reforço da educação e de programas para que a educação inclusiva seja abordada numa perspetiva natural e não de segregação, bem como um programa de formação a professores e comunidade educativa a fim de sensibilizar para esta questão, promovendo igualmente uma articulação para o período pós escolar, para uma outra resposta social, numa lógica de comunidade e de rede, quer no prosseguimento de estudos, quer na colocação no mercado de trabalho”.

Este e outros objetivos de combate à descriminação e garantia da participação ativa nas várias esferas da vida social são parte integrante da Estratégia Nacional para a Inclusão de Pessoas com Deficiência, no horizonte 2021-2025. 

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