Coimbra

Enfermeira a frequentar pós-licenciatura em Coimbra fez estágio em urgência em Israel

Notícias de Coimbra | 5 anos atrás em 10-12-2018

Susana Rodrigues participou no primeiro simulacro de bomba nuclear realizado no Chaim Sheba Medical Center, hospital de referência do Médio Oriente. Profissional do CHUC gostaria de importar modelo de simulacros de trauma obrigatórios para serviços de urgência em Portugal.

PUBLICIDADE

Não serão todos os candidatos que conseguem ter uma experiência de ensino clínico no Serviço de Urgência do Chaim Sheba Medical Center, em Israel, hospital universitário na vanguarda ao nível do tratamento de vítimas de trauma.

PUBLICIDADE

Mas Susana Patrícia Moura Rodrigues, enfermeira e estudante de pós-licenciatura de especialização em Enfermagem Médico-Cirúrgica, na Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC), alcançou esse objetivo.

Durante três semanas, a profissional que exerce na Urgência do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) – Polo Norte, esteve em Telavive a conhecer «a abordagem e a forma de trabalho» de uma equipa multidisciplinar que labora naquele «centro de trauma de nível 1 (o nível mais elevado de Israel)», refere Susana Rodrigues.

PUBLICIDADE

publicidade

Além da prestação de cuidados diretos, sobretudo na sala de emergência, onde procurou estar mais presente, a estudante da ESEnfC destaca, neste estágio no Médio Oriente, a importância que ali é dada à área da simulação.

«Assisti ao primeiro simulacro de bomba nuclear realizado naquele Centro Médico, que durou cerca de hora e meia e que exigiu a presença de toda a equipa de urgência, bem como de militares armados e de força policial. De forma ordeira – cada um sabia qual o papel que lhe competia desempenhar –, as vítimas foram devidamente higienizadas, com equipamentos próprios, e encaminhadas para o local próprio de forma a não contagiar ninguém com a radiação. Tudo foi feito de forma segura, não provocando danos em mais ninguém», relata a enfermeira do CHUC.

Susana Rodrigues refere que naquele hospital há «simulações anuais, obrigatórias para todos os profissionais que queiram continuar a exercer».

«Os profissionais do serviço de urgência têm outro simulacro, anual, de situação de trauma major, bem como simulacros semanais – à terça e quarta-feira, às oito da manhã, obrigatoriamente, mediados pelo médico chefe de equipa e pela enfermeira chefe – com situações comuns, que ocorrem todos os dias nos serviços. Isto mostra a forma de trabalho que já tem, porque treinam todas as semanas cenários que poderão encontrar», analisa a estudante da ESEnfC.

E está é uma prática que poderia ser instituída em Portugal, sugere Susana Rodrigues, que confessa: «Gostaria imenso de liderar uma área de simulação de trauma».

Related Images:

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE