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Empresários do distrito de Coimbra consideram insuficientes os descontos nas portagens

Notícias de Coimbra | 4 anos atrás em 29-02-2020

Quatro associações empresariais do distrito de Coimbra afirmaram hoje que a atribuição de descontos nas portagens do interior “é já um sinal” de resposta às suas reclamações e consideraram insuficiente a medida do Governo.

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“Apesar de bem-vinda, esta medida é insuficiente para as reais necessidades dos territórios do interior. Não estando requalificada a estrada nacional 17 (estrada da Beira) e sem o MetroBus a funcionar entre Serpins e Coimbra, mantemos a reivindicação da abolição imediata das portagens na A13 nestes territórios”, afirmam, em comunicado conjunto, a Associação Empresarial Serra da Lousã (AESL), a Associação Empresarial de Poiares (AEDP), o Clube de Empresários de Miranda do Corvo (CEMC) e o Núcleo Empresarial de Penela (NEP).

Esta posição é partilhada pelo presidente da Câmara Municipal da Lousã, o socialista Luís Antunes, em declarações à agência Lusa.

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“As associações querem agradecer a todos os que diariamente se empenham na luta por um interior com mais oportunidades e publicamente dizer que nunca deveremos baixar os braço e que o anúncio do Governo de atribuir descontos nas portagens do interior é já um sinal dos governantes em resposta às nossas vozes”, sublinham.

“Recebemos com alguma expectativa a notícia de descontos no valor das portagens, já a partir de julho de 2020, do interior e em especial na A13″, acrescentam, deixando algumas críticas.

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Quanto aos descontos a atribuir em função do número de passagens, “esta medida não contempla qualquer incentivo, nem ao turismo para estes territórios, nem a deslocações inferiores a oito dias por mês”, referem.

Esta é uma situação “que define grande percentagem dos pequenos empresários com vista ao abastecimento dos seus estabelecimentos, visto não utilizarem mais do que oito dias por mês”, enfatizam as associações de Penela, Miranda do Corvo, Lousã e Vila Nova de Poiares.

“A forma de atribuição dos descontos em função do número das passagens mensais é algo complexo e, estando na ordem do dia o Simplex, este processo nada tem de simples. Assim, se o Governo pretende apoiar o interior, então deixemo-nos de contas e mais contas, e que seja então atribuído um desconto fixo sobre o preço inscrito em cada pórtico”, preconizam.

Para as quatro entidades, “esta medida não é a situação ideal, mas a mesma simboliza um importante passo com vista a uma maior coesão territorial”.

“Da abolição das portagens nas autoestradas do interior, irá resultar uma mudança muito positiva para todo o território português, pois permite aproximar os grandes polos urbanos do interior do país, a fim de ser possível captar mais trabalho qualificado para as zonas do interior, tornando estas zonas mais atrativas para o investimento das empresas e permitindo também uma maior procura para a residência permanente de mais quadros qualificados”, de acordo com a nota conjunta.

Também o presidente da Câmara da Lousã, Luís Antunes, encarou hoje a medida do Governo como um “ponto de partida, mas que, por várias e importantes razões, nomeadamente as débeis acessibilidades existentes na região, a abolição das portagens na A13 continua a ser a medida acertada”.

“Pensamos que será o início de um caminho que levará à amplificação do que agora é aprovado” pelo Conselho de Ministros, “que não terá o impacto necessário” ao nível da afluência de turistas aos municípios do interior, defendeu o autarca do PS.

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