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Present Technologies, de Coimbra, avança com projeto para melhorar segurança na navegação aérea

Notícias de Coimbra | 6 anos atrás em 02-03-2018

A empresa Present Technologies, de Coimbra, está a desenvolver um projeto para melhorar a segurança na navegação aérea, através da monitorização da qualidade do sinal dos satélites, e prevê testar o produto em 2019 em dois aeroportos portugueses.

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A empresa, que está a desenvolver o projeto num consórcio onde está também a Bluecover e a Universidade de Coimbra, pretende criar um modelo de monitorização da meteorologia espacial e do sistema de navegação de satélite GNSS (semelhante ao GPS), para uma maior segurança e fiabilidade nas aproximações dos aviões aos aeroportos através de um sistema de satélite, disse à agência Lusa um dos cofundadores da Present Technologies, Paulo Martins.

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“Começámos, no âmbito do estudo de viabilidade, por perceber que o ‘space weather’ [meteorologia espacial] poderia ter impacto em vários setores, sendo que um dos setores onde esse impacto é maior era o da aviação”, explanou Paulo Martins.

O que o consórcio pretende fazer é “criar um sistema que vai monitorizar a qualidade dos sinais, ao nível dos aeroportos e, com isto, poder dar informação essencial para os controladores aéreos poderem tomar decisões informadas sobre se podem ou não autorizar uma aproximação ao aeroporto através de um sistema GNSS”, afirmou.

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De acordo com o responsável da empresa, a aviação continua a valer-se de infraestruturas em terra para assegurar as aproximações aos aeroportos, mas prevê-se que o setor evolua “no sentido de definir procedimentos de aproximação através do sinal GNSS”.

Isto explica-se, essencialmente, pelos “custos elevados”, quer de aquisição, quer de manutenção das infraestruturas de terra, frisou Paulo Martins.

No entanto, a dependência de sinais de satélites exige um maior controlo desses mesmos sistemas, que podem ser afetados por vários fenómenos, nomeadamente a meteorologia espacial, que está relacionada com o impacto da atividade solar.

Atualmente, dá-se “uma informação geral sobre a qualidade do sinal da Europa”, mas com o projeto que está a ser desenvolvido os controladores aéreos poderão passar a ter “uma informação local”, sublinhou.

O projeto conta já com uma parceria com a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), NAV Portugal e a empresa de jatos privados NetJets Europa, informou.

Em 2019, Paulo Martins espera que o projeto-piloto seja lançado no aeroporto de Lisboa e num dos aeroportos das ilhas, que são “mais pequenos e têm aproximações complexas”.

“Pensamos que será um sistema útil e facilmente escalável para outras partes do globo”, frisou, salientando que se prevê que a monitorização da qualidade do sinal de satélite passe a ser uma obrigação nos próximos anos, havendo um “potencial de crescimento de mercado para um produto deste género”.

O projeto deste consórcio contou em 2016 com o apoio do Small Artes, um programa da Agência Espacial Europeia para apoiar a transferência de tecnologia usada no Espaço para aplicações terrestres.

A edição deste ano, que em Portugal conta com uma parceria com o Instituto Pedro Nunes, tem as candidaturas abertas até 31 de maio.

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