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Eleita pelo PSD que permitiu aprovação do orçamento socialista de Coimbra fica na vereação

Notícias de Coimbra | 4 anos atrás em 11-11-2019

A vereadora eleita pelo PSD que permitiu, abstendo-se, a aprovação em sede camarária da proposta de orçamento municipal de Coimbra para 2020 anunciou hoje que se vai manter no cargo, contra a vontade da concelhia social-democrata.

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Numa posição escrita lida hoje na reunião do executivo, Paula Pego, independente eleita em 2017 nas listas da coligação PSD/CDS/PPM/MPT, afirmou que a sua abstenção na votação do orçamento baseou-se no “exercício das novas competências em 2020 decorrentes da descentralização e o reforço das funções sociais do município, nomeadamente no que se refere ao transporte público”, argumentos que já tinha expressado em declaração de voto.

“Por detrás dos números do orçamento que aqui foram apresentados estão pessoas que diariamente necessitam de transporte público para se deslocar para o trabalho, para as consultas nos hospitais, que vivem em situação de carência económica e que necessitam do passe social, da tarifa social da água e do saneamento, de mais e melhor habitação social, do passe escolar, da ação escolar, pessoas que estão em situação de sem-abrigo, de mais e melhor transporte público”, acrescentou Paula Pego.

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Entre diversas considerações, Paula Pego respondeu, sem o citar, ao presidente da concelhia social-democrata, Nuno Freitas (que tinha exigido a “renúncia imediata” da vereadora), alegando não saber “fazer a política das incoerências e dos ataques pessoais feitos nos meios de comunicação social tradicionais ou nas redes sociais”.

“Não sei fazer a política do quanto pior melhor. Não sei e não quero aprender”, observou Paula Pego.

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A vereadora manifestou, no entanto, a intenção de continuar a exercer o mandato que lhe foi conferido “democraticamente” e com a mesma “consciência cívica, política e com sentido de responsabilidade” que o tem exercido.

Ouvida pela Lusa após a reunião de hoje, Paula Pego, que profissionalmente é jurista na empresa Águas de Coimbra, assumiu que vai manter-se na vereação “como independente” e que o seu voto “não representa a concelhia do PSD de Coimbra”.

Em 30 de outubro, o PSD exigiu “a renúncia imediata da vereadora Paula Pego”, por esta ter viabilizado o orçamento do município para 2020 – aprovado com a sua abstenção.

Na altura, em declarações à Lusa, o presidente da concelhia de Coimbra do PSD considerou que o sentido de voto de Paula Pego foi “a gota de água num percurso politicamente sinuoso e indecente”.

A vereadora tem tido “votações sucessivas em favor do PS e com claro desrespeito pelos eleitores de Coimbra”, sustentou Nuno Freitas, sublinhando que o seu partido “não foi informado previamente da posição política” de Paula Pego, que também nunca pediu a sua “substituição por eventual conflito ético ou de consciência”.

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