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Coimbra

Eleita Coordenadora de Jovens Estudantes do Bloco de Esquerda de Coimbra

Notícias de Coimbra | 7 anos atrás em 20-12-2016

Para reativar o ativismo estudantil no distrito, ao nível do Ensino Secundário e do Ensino Superior, e envolver mais estudantes nas lutas, foi eleita recentemente uma Coordenadora de Jovens Estudantes do Bloco de Esquerda (CJEBE) de Coimbra. 

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 Segue em anexo uma foto com três elementos da CJEBE de Coimbra (da esquerda para a direita): Mariana Cardoso (Medicina), Mariana Garrido (Relações Internacionais) e Catarina Agreira (Engenharia Civil).


Da esquerda para a direita): Mariana Cardoso (Medicina), Mariana Garrido (Relações Internacionais) e Catarina Agreira (Engenharia Civil).

 

REATIVAR O ATIVISMO
A Coordenadora de Jovens Estudantes do Bloco de Esquerda (CJEBE) de Coimbra tem como objetivo fundamental reativar o ativismo estudantil no nosso Distrito, chamando mais jovens para as lutas todas. Num Distrito em que a educação é um dos setores dominantes e onde a precariedade se faz sentir intensamente, é essencial que o BE tenha Jovens Estudantes ativos/as e dinâmicos/as, cuja postura reivindicativa se faça sentir por dentro e por fora das instituições.

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Contexto político
Findo o primeiro ano do Acordo de Governo celebrado entre o PS, o BE, o PCP e Os Verdes, é importante refletir sobre que papel os Jovens Estudantes do BE em Coimbra podem ter no contexto atual.
Apesar do afastamento da direita para a oposição, o caminho a percorrer ainda é longo. Hoje, apesar dalguns progressos feitos – muitos deles com a contribuição do BE -, os jovens portugueses ainda sentem na pele as heranças deixadas pelo período da troika. Por este motivo, os Jovens Estudantes do BE não podem deixar esmorecer certas lutas e devem, pelo contrário, ser os seus protagonistas.
Ensino Secundário
Os últimos meses têm sido marcados por uma conquista de enormíssima relevância – o fim dos contratos de associação aos colégios, em benefício da Escola Pública. Esta conquista, porém, não poderá ficar isolada, pois há um longo caminho a percorrer.
Em pleno ano de 2016, século XXI, Portugal é ainda um país com altos níveis de abandono escolar. Cabe aos Jovens Estudantes do BE analisar os porquês deste abandono e dar-lhe resposta. Falta ainda contratar professores para diversas escolas, falta investir na recuperação de escolas não apenas na periferia mas também no centro da cidade de Coimbra (veja-se o exemplo da Escola Secundária José Falcão). Falta ainda investir em melhores redes de transporte escolar, falta rever programas e tipos de avaliação, falta ainda dar condições para um melhor Ensino Especial e uma integração dos seus alunos na vida ativa. Falta, em suma, uma Escola de qualidade que seja mais humana, inclusiva e para todos e todas. É por estas bandeiras que os Jovens Estudantes do Bloco de Coimbra vão lutar.

 
Ensino Superior
O Ensino Superior é, desde sempre, um terreno onde há muito por desbravar, desde o primeiro ao último ciclo de estudos. Nos últimos 30 anos o movimento estudantil sofreu várias derrotas: desde a introdução da propina, que desde então não parou de subir, ao Processo de Bolonha, até à mais recente grande derrota, o Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior.
Num plano mais particular, temos assistido, ao nível nacional, a diversos atentados aos direitos do estudantes. Em pleno mês de novembro ainda há estudantes sem notícias dos resultados das bolsas da DGES – “Should I Stay or Should I Go?”. Os resultados da atribuição das bolsas
de Doutoramento e Pós Doutoramentos da Fundação para a Ciência e Tecnologia foi recentemente adiado para 28 de fevereiro, quando a divulgação dos resultados deveria ser feita em novembro.

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No ISCSP, em Lisboa, impedem-se os estudantes que tenham atrasos no pagamento da propina a realizar inscrições em exames e a assistir às aulas. No Minho, prevê-se o aumento do preço das refeições nas cantinas universitárias. Em Coimbra, por fim, começa a sentir-se a ameaça da passagem da Universidade de Coimbra ao Regime Fundacional, um Regime que empurra a administração pública para fora das universidades e substitui cada vez mais os elementos democráticos de decisão por interesses privados, numa tendência clara de neoliberalização do Ensino Superior.
Infelizmente, a lista poderia continuar. Cabe aos Jovens Estudantes do BE contribuir para que os ataques aos direitos dos estudantes acabem. Cabe aos Jovens Estudantes do BE de Coimbra lutar por um Ensino Superior que não seja “só para quem pode”, mas para todos e todas. Se antigamente os estudantes eram reconhecidos como “sujeito político” dinâmico, reivindicativo e presente, hoje cabe-nos a nós recuperar esse papel. Os Jovens Estudantes do BE de Coimbra estarão na vanguarda das lutas que ficaram por fazer e das novas que se lhes impõem.

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