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Política

Eduardo Cabrita acusado de travar plano para o Interior

Notícias de Coimbra com Lusa | 3 anos atrás em 23-07-2021

Ex-coordenadora nomeada por António Costa acusa ministro de lhe negar orçamento e autonomia para executar plano de valorização do Interior.

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Segundo uma notícia do Expresso, quando saiu da liderança da Unidade de Missão para a Valorização do Interior (UMVI), Helena Freitas admitiu que tinha sentido “falta de apoio político”. Agora, quatro anos depois, decidiu desabafar e deixar claro que o apoio que lhe faltava para as questões do Interior vinha sobretudo de Eduardo Cabrita, então ministro adjunto, que não lhe deu meios nem autonomia para desenvolver o plano para o Interior.
A ex-coordenadora da UMVI foi escolhida por António Costa, em 2016, para pôr de pé um plano de descentralização de competências e de valorização do Interior, mas quando chegou ao cargo Helena Freitas percebeu que não teria as condições que lhe haviam sido prometidas: “Quando cheguei ao meu novo contexto de trabalho, percebi que, apesar do encargo ser grande, nem orçamento de funcionamento teria”, escreveu num post do Facebook. Acrescentando: “Ou melhor, dependeria em tudo, mesmo para funcionamento, do gabinete do então ministro adjunto e atual ministro da Administração Interna.”

Contactada pelo Expresso, nada quis acrescentar ao que tinha escrito, mas o que escreveu não passou despercebido, até pelo contexto em que decidiu falar sobre a sua relação profissional com Eduardo Cabrita. “Rapidamente percebi as prioridades e o contexto e comprometi-me comigo mesma a fazer tudo para concluir o Programa Nacional para a Coesão Territorial. Era o meu próprio limite”, escreveu. Helena Freitas tem falado “numa grande mágoa”, que levou quando abandonou o cargo, mas não tinha feito críticas diretas a Eduardo Cabrita.

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Esta é apenas uma das queixas relacionadas com a ação política de Eduardo Cabrita no Governo e vem de uma área que o ministro já não tutela. O governante não tem saído de debaixo dos holofotes por vários assuntos, e esta semana viu o primeiro-ministro tirar-lhe o tapete, mas, ao mesmo tempo, mantê-lo no cargo. António Costa tem sempre defendido o seu ministro da Administração Interna — e até o fez no debate do Estado da Nação, quando se referiu a assuntos da tutela como a segurança ou os incêndios —, mas deixou o ministro isolado no que à festa do título do Sporting diz respeito.

António Costa não hesitou em afastar-se da polémica e referiu que não tinha conhecimento do despacho assinado pelo ministro da Administração Interna a autorizar os festejos do campeonato de futebol do Sporting. “Não, não conhecia o despacho e não dei nenhuma instrução.” Apesar de ter deixado cair o ministro com estrondo, mantém Cabrita em funções.

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