Coimbra

EDP diz que descargas nas albufeiras estão a diminuir

Notícias de Coimbra | 4 anos atrás em 23-12-2019

EDP diz que descargas nas albufeiras estão a diminuir

As descargas nas albufeiras localizadas no Centro do país voltaram à normalidade no final de domingo, depois de terem sido “reduzidas gradualmente”, após o mau tempo, disse hoje fonte oficial da EDP.

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Fonte oficial da EDP explicou à Lusa que ao falar-se de uma “situação de normalidade” quer-se dizer que se fala de “uma situação sem descargas”, o que significa, no caso em questão, “que as descargas de água estão a diminuir e, tendencialmente, vão parar”.

De acordo com a mesma fonte, na barragem da Aguieira os descarregamentos “foram sendo reduzidos gradualmente ao longo do dia de ontem [domingo], tendo terminado cerca das 23:00”.

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“Nas restantes bacias a situação também foi de retorno à normalidade durante o dia de ontem [domingo]. Em Castelo de Bode as descargas também pararam por volta das 23:00. O mesmo aconteceu em Sabor e Foz Tua, onde as descargas pararam cerca das 21:00 de domingo”, pode ler-se na nota enviada à Lusa.

Segundo fonte oficial da EDP, as descargas de água não têm uma periodicidade fixa, dependem da cota e do afluente de cada albufeira, e são feitas de acordo com as regras aprovadas pela Agência Portuguesa do Ambiente.

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É a APA a entidade que define as condições em que se devem efetuar as descargas, de acordo com a cota da albufeira, afluente, caudal descarregado, variação horária do caudal descarregado, regras essas que variam de albufeira para albufeira.

O presidente do município de Montemor-o-Velho pediu ao ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, para que a EDP suspendesse as descargas na barragem da Aguieira – pedido que estava a ser cumprido, segundo o autarca.

Ao pedido para a suspensão de descargas na barragem da Aguieira juntou-se a maré vazante, o que possibilita “a maior capacidade de encaixe” no leito principal do Mondego, para onde corre a água do leito periférico direito.

Na noite de domingo, o presidente do município de Montemor-o-Velho disse que o talude esquerdo do leito periférico direito do Mondego colapsou, no local onde poucas horas antes tinha sido identificado um aluimento de terras.

Em declarações aos jornalistas, Emílio Torrão confirmou o colapso do talude esquerdo, numa extensão de 50 metros, bem como o transbordo de água para aquele canal a partir dos campos agrícolas que estão alagados, cerca de meio quilómetro a montante da ponte das Lavandeiras, na povoação de Casal Novo do Rio.

A povoação foi defendida através de uma barreira de pedras e sacos de areia, ali colocada por meios da Proteção Civil municipal.

A situação de cheia na bacia do Mondego começou a ter hoje os primeiros sinais positivos de melhoria e diminuição do grau de risco, segundo o comandante distrital de operações de socorro (CODIS) de Coimbra.

“Depois de uma luta desigual contra as forças da natureza nestes últimos dias, começámos a ter hoje os primeiros sinais positivos de melhoria”, disse Carlos Luís Tavares aos jornalistas, numa conferência de imprensa realizada em Montemor-o-Velho.

O comandante operacional frisou que para a melhoria registada contribuiu a diminuição do caudal no leito central do rio Mondego.

Fonte oficial da EDP acrescentou ainda que no troço principal do Douro “ainda se registam algumas descargas, embora menos que nos dias anteriores, devido principalmente à água que ainda chega das centrais espanholas”.

De acordo com a mesma fonte, toda a monitorização das albufeiras e dos caudais está a ser feita em articulação com a Agência Portuguesa do Ambiente.

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