Edil de Coimbra quer trocar Ferrari por Dois Cavalos!
De 15 em 15 dias há sessão pública do executivo municipal de Coimbra, altura em que oposição e situação fazem os seus filmes sobre a realidade local que está mais à mão.
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Embora nem sempre haja ecrã gigante, hoje existia um, o que até podia ser visto como folar de Páscoa do PS para o Somos Coimbra, movimento que não se cansa de pedir novas tecnologias para as sessões do executivo municipal.
Mas não, a coisa não é para ficar. Nem sequer serve de apoio para um daqueles momentos únicos de stand up comedy protagonizados pelo trio Manuel Machado, José Manuel Silva e Carlos Cidade.
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Na verdade, tanto aparato mediático destinava-se à exibição de um docudrama sobre “Limpezas de Faixas de Gestão de Combustíveis”. Grande título!
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O argumento parece ser um bom argumento da Protecção Civil Municipal, com a participação dos informáticos da autarquia, que depois de terem desenbruxado o site, ficaram com mais tempo para a produção de obras de arte.
Pelo que deu para ver do filme, de lado, que os melhores lugares foram para os eleitos locais, o sistema pretende facilitar a vida aos proprietários de terrenos que precisam de ser limpos, mas o líder da autarquia não gostou muito da fita, tendo exigido que a dita só vai para “a nuvem” quando os munícipes puderem aceder a tudo em PDF, o que dá para aí umas 300 folhas.
Os esforçados técnicos municipais ainda foram argumentado, que a consulta é fácil, que é como no Google, muito simplexa, mas o edil decretou que o filme só vai para a Net quando existir PDF, o que, como se verá daqui a uns tempos, vai deixar muita gente aos papeis.
O sistema que vai ficar online e interactivo no site da autarquia até encontrou a casa do Presidente no Picoto dos Barbados e o outro Picoto, o do Aeroporto Internacioal, mas Manuel Machado estava em tarde de não gostar do filme de autor, parecia um daqueles criticos do Expresso que só dão estrelas a películas que quase ninguém vê.
Ali, naquela sessão que não teve The End, qual tarde dos óscares num clube de bairro, onde até a habitualmente circunspecta directora que coadjuva o líder da autarquia fez questão de opinar , não houve ninguém, dos dois lados da barricada, que aplaudisse o movie ou que dissesse a Manuel Machado que mesmo que este projecto não mereça 5 estrelas, como nos filmes em movimento, sempre é melhor do que os seus PDF´s, que são uma cena fixa e pouco interativa, que decerto não faz parte das suas tão anunciadas “auto estradas da informação”, que, descodificadas, depois de saírem do papel, não passam de hotspots com pouca fibra.
“Humoral da história”: Manuel Machado quer trocar um Ferrari por um Citroen 2Cv. Talvez seja uma forma singela de homenagear o camarada Jaques Séguella, que tão bem vendeu o amigo Miterrand como a marca de automóveis francesa, mas, filme por filme, é melhor exibir o que não pode ser anunciado pela propaganda municipal. Quem avisa seu amigo é, como diz aquele humorista de Santa Clara que imortalizou o cronista e o prefeito.
Qualquer semelhança com o famoso Audi é mera coincidência. Essa foi uma escolha certa e segura.
Crónica ilustrada a correr por Fernando Moura
Não perca as cenas do próximo episódio…
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