Economia

Economia portuguesa continuou a recuperar em junho, mas de forma menos intensa

Notícias de Coimbra com Lusa | 3 anos atrás em 19-07-2021

A informação quantitativa mais recente disponível para maio e junho revela taxas de crescimento homólogo elevadas, mas menos intensas no último mês, indica a síntese económica de conjuntura do Instituto Nacional de Estatística. Só comércio a retalho e construção estão já acima do patamar homólogo de 2019, ou seja, do pré-crise.

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Segundo o Expresso, a atividade económica em Portugal prosseguiu em junho a tendência de recuperação da crise pandémica, mas perdeu gás. É essa a mensagem da síntese económica de conjuntura, publicada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) esta segunda-feira. Mais ainda, a maioria dos indicadores de curto prazo disponíveis permanece abaixo do nível pré-crise.

“A informação quantitativa mais recente disponível para maio e junho revela taxas de crescimento homólogo elevadas, mas menos intensas no último mês”, escreve o INE.

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A autoridade estatística nacional aponta ainda que “com exceção do comércio a retalho e da construção, a generalidade dos indicadores de curto prazo ainda não atingiu em maio os níveis do período homólogo de 2019”. E destaca que no caso do turismo a atividade em maio ficou ainda “significativamente abaixo” do observado em igual período de 2019.

São ainda pouco os indicadores disponíveis relativos à atividade económica no país em junho. Um deles é o indicador de clima económico, que traduz os resultados dos inquéritos qualitativos às empresas, e que aumentou de forma ténue, superando nos últimos dois meses o nível observado no início da pandemia (março de 2020), aponta o INE.

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Do lado dos consumidores, o indicador de confiança aumentou entre março e junho, mas de forma moderada em junho, “registando o valor máximo desde o último inquérito não afetado pela pandemia, realizado em fevereiro de 2020”, indica o INE.

Outro dado disponível é o consumo médio de eletricidade em dia útil, que registou uma variação homóloga de 7,1% em junho, o que compara com taxas de 10,5% e 12% em abril e maio, respetivamente. “Comparativamente com junho de 2019, o consumo médio de eletricidade em dia útil é ainda inferior em 2,2%”, constata o INE.

Quanto às operações realizadas na rede Multibanco, que nos dão indicações sobre a evolução do consumo, em junho o montante global de levantamentos nacionais, de pagamentos de serviços e de compras em terminais TPA apresentou um crescimento homólogo de 17,4%, após ter registado um crescimento de 34,6% no mês anterior. “O montante destas operações já apresentou nos últimos dois meses um nível semelhante ao observado antes da pandemia”, destaca o INE.

Também ao nível do consumo, as vendas de automóveis ligeiros de passageiros registaram em junho um crescimento homólogo de 71,3%, após o crescimento de 190,9% no mês anterior. “Comparativamente com o mesmo período de 2019, as vendas de automóveis diminuíram 25,2% em junho de 2021”, aponta o INE.

Do lado do investimento, sinal negativo nas vendas de cimento produzido em território nacional (não ajustadas de efeitos de sazonalidade e de dias úteis), já disponíveis para junho. O INE indica que registaram uma redução de 1,3% (taxas de 31%, 15,4% e 7% entre março e maio), “o que não acontecia desde setembro de 2018”.

Quanto às vendas de veículos pesados, assim como de veículos comerciais, já disponíveis para junho, abrandaram. Contudo, continuando a registar elevadas taxas de crescimento homólogo (taxas de 302,8%, 193,9% e 96,1% para os veículos pesados e 203,4%, 52,3% e 19,1% para os veículos comerciais entre abril e junho). “Estes valores elevados devem-se, em grande parte, a um efeito base em resultado das diminuições significativas registadas no período homólogo”, explica o INE.

Já comparativamente com 2019, as vendas de veículos pesados e de veículos comerciais diminuíram 35,2% e 23,7%, respetivamente.

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