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Rute Santos mostra potencialidades da ecografia na melhoria do desempenho de atletas

Notícias de Coimbra | 6 anos atrás em 10-12-2017

É apresentado esta segunda-feira em livro, pelas 15:00, na Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Coimbra (ESTeSC), o estudo da investigadora Rute Santos sobre a utilização da ecografia para monitorizar a performance dos atletas e verificar as alterações musculares que advêm da prática do exercício físico.

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rute santos
A docente do departamento de Imagem Médica e Radioterapia da Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Coimbra (ESTeSC), Rute Santos, desenvolveu uma investigação que conclui que utilizando técnicas como a ecografia é possível avaliar e potenciar o desempenho de um atleta. O trabalho envolveu em estudos distintos um total de 64 jovens, praticantes e não praticantes de modalidades desportivas.

 

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A ecografia tem um papel importante na avaliação músculo-esquelética, permitindo o estudo da morfologia e função muscular, nomeadamente para diagnóstico. No desporto, não é exceção, esta modalidade é ainda raramente utilizada fora do contexto clínico.

 

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A investigação de Rute Santos vem mostrar a importância de acrescentar este exame na avaliação médica de rotina do desportista, uma vez que os resultados mostram que surgem alterações morfológicas e fisiológicas, não patológicas ao nível muscular, e que também não são detetadas nos atuais testes de rotina. Como explica a docente da ESTeSC, “através da ecografia conseguimos perceber que tipo de efeitos morfológicos e fisiológicos um determinado programa de treino pode ter ao nível muscular”.

 
O objetivo da investigação passou por explorar o potencial da imagem quantitativa eco gráfica, de forma a avaliar as adaptações e as respostas do tecido muscular ao aumento da atividade contrátil, usando a elastografia e a ecografia em modo-B. A investigadora recorreu à elastograifa por ecografia, utilizada sobretudo para diagnóstico do cancro da mama, da tiroide e da próstata, para analisar que alterações ocorrem na rigidez muscular do atleta quando submetido a um determinado exercício ou treino.

De acordo com Rute Santos, “até ao momento a ecografia em modo-B tem vindo a ser analisada apenas pelo observador, ou seja, é uma medida mais qualitativa”, porém, a investigadora utilizou esta técnica de uma forma quantitativa, tendo conseguido “perceber exatamente que alterações ocorrem a nível muscular quando os atletas são submetidos a um determinado programa de treino”.

ecografia
Nos estudos realizados, Rute Santos verificou que as medidas eco gráficas da espessura muscular e eco-intensidade mostram uma reprodutibilidade moderada a muito alta. A elastografia semi-quantitativa mostrou existir um aumento significativo na rigidez muscular como resultado do treino de força, enquanto a elastografia por onda de cisalhamento supersónica pode ser um bom método para investigar as alterações das propriedades mecânicas musculares associadas à função muscular.

 
De acordo com a investigadora, estes resultados enfatizam a importância de uma avaliação objetiva e quantificável dos músculos por ecografia, para estudar a adaptação muscular ao treino e a função muscular, no geral.

 
Os resultados da investigação realizada, agora lançados em livro, foram incluídos na tese de doutoramento em Motricidade Humana, na especialidade de Biomecânica, na Faculdade de Motricidade Humana da Universidade de Lisboa, intitulada “Morphological ultrasound evaluation in acute and chronic muscle overloading”. Esta publicação é o 18.º volume da Coleção “Ciência, Saúde e Inovação | Teses de Doutoramento” da ESTeSC.

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