Coimbra

Bombeiros contra ração de combate!

Notícias de Coimbra | 7 anos atrás em 12-04-2017

Hoje, 12 de abril, quem tivesse visto as dezenas de operacionais e viaturas de combate a incêndios que se espalharam pela “sitiada” Nossa Senhora da Pegada, diria que havia fogo, mas, não, não havia, fogo,nem sequer fumo.  Notícias de Coimbra viu que a “única coisa que ardeu” foi o muito dinheiro gasto na “Sessão de Apresentação Pública do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais – DECIF 2017”. Era apenas uma “ocorrência mediática, que decorreu durante a tarde desta quarta-feira.

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A longa cerimónia foi igual a tantas outras que se realizaram nos últimos anos. O simulacro é levado ao extremo: Ninguém critica ninguém. As viaturas que participam na operação são quase toda novas. A estrear! Depois, no pico do verão, é o que se sabe…

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Mas de ano para ano não muda mesmo nada, nada, nada? Sim. Muda. Num ano vai o Ministro ou Ministra da Administração Interna, no outro vem Secretário de Estado da Administração Interna. O contemplado de 2017 foi  Jorge Gomes, o simpático  Secretário de Estado da Administração Interna, que hoje teve a companhia de  Amândio Torres, Secretário de Estado das Florestas, a “jogar em casa” na sua Lousã.

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O longo evento em Pegada, freguesia de Foz de Arouce, (40º09’59”N 8º16’15”W), concelho da Lousã, distrito de Coimbra, contou com “Apresentações de cada um dos pilares do Sistema de Defesa da Floresta Contra Incêndios (SDFCI)”, que segundo a organização são o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF); a Guarda Nacional Republicana (GNR);  e a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC).

Resumindo o que se passou na tenda montada para o efeito: 2 horas de sonolentos discursos. Mas nem todos passaram pelas brasas. Uma boa parte aproveitou para actualizar o Facebook.

Em surdina, a conversa só azedou quando se falou em “ração de combate”. Onde é que já se viu um Bombeiro a comer isto?!, desabafava um dos mais experientes comandantes.

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Depois, para delicia das televisões, realizou-se a “Demonstração prática de todas as ações de formação de treino operacional com vista ao aprontamento do DECIF 2017, com a Força Especial de Bombeiros, Grupo de Intervenção de Proteção e Socorro da GNR, Bombeiros Voluntários, Sapadores Florestais e Forças Armadas”. O chamado simulacro. Correu tudo como o previsto. Os operacionais chegaram muitas horas antes da ocorrência. Os meios não tiveram quaisquer dificuldades em chegar ao local… onde estavam desde manhã.

Para a iniciativa ser um tremendo sucesso de audiências só faltou fogo para aquecer a água largada pelos 3 helicópteros que participaram num filme que foi só fumaça. Para o ano há mais. Do mesmo. Com os mesmos. Pode ser que em 2018 apareçam os 2 Kamov que estão inoperacionais.

“Charlie, escuto”, o Secretário de Estado garante que a operação vai contar 48 meios aéreos para o verão quente deste ano de eleições autárquicas.

Para o “número” mediático ficar completo faltam mais alguns números, no ano em que o exército diz que vai ajudar a combater mais incêndios, podemos contar com 2065 viaturas,  9740 operacionais e 236 postos de vigia.

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