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Doutorado em Coimbra afirma que o direito ao prazer sexual é “inalienável”

Notícias de Coimbra | 7 anos atrás em 01-06-2017

O direito ao prazer sexual é “inalienável” e a manifestação das preferências deve ser respeitada, disse hoje à Lusa o recém-nomeado presidente da Associação Mundial para a Saúde Sexual e docente da Universidade do Porto, Pedro Nobre.

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De acordo com o professor da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto (FPCEUP), a orientação e escolhas sexuais dos indivíduos devem ser respeitados, desde que isso não interfira com os direitos das outras pessoas, como é o caso de crimes sexuais e práticas contra menores.

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Pedro Nobre falava à Lusa após a sua eleição como presidente da WAS – World Association for Sexual Health (Associação Mundial para a Saúde Sexual), oficializada durante o congresso anual da associação, que decorreu entre domingo e quarta-feira, em Praga, na República Checa.

A WAS, criada em 1978, conta com 110 sociedades a nível mundial que trabalham a sexualidade “numa perspetiva multidisciplinar”, englobando profissionais com diferentes valências, dentro das áreas da psicologia, da história, da sociologia, da biomédica e da filosofia.

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Segundo o docente, a saúde e os direitos sexuais, as duas áreas em que a WAS foca-se, são campos que devem ser estudados, para que o conhecimento e a informação obtidos possam para auxiliar “o bem-estar comum das pessoas”.

Considera que esse conhecimento deve chegar também aos governos, que são as entidades “responsáveis pela regulamentação, pelas leis e pela promoção da educação sexual nas escolas”.

Pedro Nobre, que vai ocupar o cargo da presidência por quatro anos, é doutorado em Psicologia Clínica, pela Universidade de Coimbra, e leciona na FPCEUP desde 2012, altura em que trouxe para a Universidade do Porto o SexLab, um laboratório de investigação na área da Sexualidade Humana, inicialmente criado na Universidade de Aveiro.

De acordo com o professor, para quem a eleição “é uma responsabilidade e um orgulho muito grande”, este período de governação vai permitir atingir objetivos com “um alcance a longo prazo”.

O docente conta com vários artigos científicos publicados em revistas internacionais da área da sexologia, tendo sido distinguido com prémios internacionais e presidido, durante três anos, à Sociedade Portuguesa de Sexologia Clínica.

A Universidade do Porto colabora com a WAS através do projeto World Database on Sexual Health (desenvolvido na FPCEUP), parceria que o professor espera vir a ser alargada no futuro, no âmbito do novo programa doutoral em Sexualidade Humana da UP, cuja se prevê entrar em funcionamento no ano letivo de 2018/2019.

A WAS tem igualmente parcerias com a Organização das Nações Unidas (ONU), com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO).

Eleita para o conselho consultivo da WAS foi também a professora da Universidade Lusófona de Lisboa, Patrícia Pascoal.

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