Saúde

Doentes crónicos que não podem trabalhar em casa pedem proteção ao governo

Notícias de Coimbra | 4 anos atrás em 03-04-2020

 

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A Plataforma Saúde em Diálogo pediu hoje o isolamento profilático para doentes crónicos que não possam exercer a profissão a partir de casa, até ao final da pandemia de covid-19, com a remuneração assegurada.

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De acordo com a plataforma, que afirma representar mais de 50 associações de doentes, promotores e utentes dos serviços de saúde, a nível nacional, há pessoas com doenças cardiovasculares, bem como diabéticos, asmáticos e doentes oncológicos cuja profissão não lhes permite trabalhar em casa.

“Como deixar de trabalhar é uma situação que acarreta problemas financeiros para as famílias, é necessário proteger estes grupos de risco, assegurando-lhe as devidas condições de segurança e de saúde até que este problema esteja solucionado”, defendeu a associação em comunicado divulgado hoje, na sequência de ofícios enviados às ministras do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, e da Saúde, Marta Temido.

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A estrutura pretendeu, assim, alertar o governo para a situação e, ao mesmo tempo, “pedir que, de acordo com a lei, seja possibilitado a estas pessoas o isolamento profilático até ao fim da pandemia”.

Na carta enviada às responsáveis governamentais, refere-se que estão em causa “pessoas imunodeprimidas ou portadoras de doença crónica que, de acordo com as orientações da autoridade de saúde, são consideradas de risco”, designadamente doentes hipertensos, diabéticos, doentes cardiovasculares, portadores de doença respiratória crónica e com problemas oncológicos.

“Estas patologias, como bem sabemos, não afetam só pessoas idosas já na idade da reforma. Afetam também muitos cidadãos em idade ativa, que não podem prescindir dos rendimentos do trabalho para a sua subsistência e do seu agregado familiar”, lê-se no documento.

Segundo a plataforma, está em causa “um grupo especialmente vulnerável”, para o qual a infeção por SARS-CoV-2 (o novo coronavírus que provoca a doença covid-19) pode ser fatal ou deixar graves sequelas.

“A probabilidade de este grupo da população, ao ser contaminado, carecer de internamento hospitalar, de ventilador e de cuidados intensivos, é muito elevada”, advertiu a organização.

 

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