Coimbra

Docente da FEUC apresenta dia 30 de Abril o livro “Crise e Crédito: Lições da Recessão de 2008–2013”

Notícias de Coimbra | 3 anos atrás em 28-04-2021

Carlos Carreira, docente da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra (FEUC), apresenta livro resultante de estudo por si coordenado. A apresentação do livro «Crise e Crédito: Lições da Recessão de 2008–2013» tem lugar esta sexta feira, 30 de abril, entre as 11h e as 12h30 em direto no site da Fundação Francisco Manuel dos Santos (https://www.ffms.pt/), que financiou a investigação. 

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A apresentação é seguida de debate do autor com António Saraiva (Presidente da CIP- Confederação Empresarial de Portugal) e Diana Bonfim (Economista Coordenadora no Departamento de Estudos Económicos do Banco de Portugal e Professora na CATÓLICA-LISBON) e moderação de Bruno Faria Lopes (Jornalista da Revista Sábado).

Que impacto teve a última crise no encerramento das empresas em Portugal? Que consequências teve no emprego e na produtividade? E que importância têm as empresas zombie na economia portuguesa? Estas são algumas das questões respondidas neste estudo.

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A visão convencional sustenta que as crises são eventos em que a economia se desfaz das unidades menos produtivas a um ritmo mais acelerado, abrindo espaço para a expansão das empresas mais produtivas. No entanto, após a Grande Recessão de 2008–2013, o crescimento económico revelou-se surpreendentemente anémico, colocando em aberto a sua verdadeira natureza.

Considerando os dados das sociedades a operar na indústria transformadora e nos serviços, entre 2004 e 2017, o estudo avalia se as empresas portuguesas enfrentaram um risco adicional de atividade durante a recessão de 2008–2013, causado pelas restrições no acesso a financiamento. Na primeira parte do estudo observa-se a dinâmica empresarial portuguesa, entre 2004 e 2017, com uma atenção muito especial ao papel das restrições financeiras enquanto fator preponderante no crescimento e encerramento de empresas.  Na segunda parte do estudo é examinada a dimensão do fenómeno das empresas zombie — empresas maduras sobre-endividadas sem capacidade de solver os seus compromissos financeiros devido à falta persistente de rendibilidade.  O estudo analisa ainda o impacto das alterações legislativas introduzidas no regime de insolvência em 2012.

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Mostra-se, em conclusão, que a ausência de uma política de mitigação de restrições financeiras das empresas foi responsável pela fraca recuperação económica no período pós-crise (isto é, a partir de 2013). Dada a magnitude do choque negativo decorrente da COVID-19, uma deterioração do balanço das empresas desencadeará necessariamente um aumento do risco de encerramento de empresas viáveis. Políticas destinadas a aliviar os problemas de liquidez das empresas são da maior relevância.  Políticas que não desencorajem o financiamento de empresas inviáveis certamente acabarão por diminuir a capacidade de crescimento no futuro.

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